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Reed Hastings deixa de ser co-CEO da Netflix e passa a chairman executivo. Contas foram boas

Reed Hastings, um dos fundadores da Netflix, vai ser substituído pelo diretor operacional e de produto da empresa, Greg Peters. Ted Sarandos mantém-se como co-presidente executivo. A empresa reportou as contas do quarto trimestre, que agradaram aos investidores.

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Reed Hastings, que até agora partilhava com Ted Sarandos a presidência executiva da Netflix, empresa que ajudou a fundar, anunciou esta noite que vai deixar o seu cargo - que ficará agora nas mãos do diretor operacional e de produto da empresa de "streaming", Greg Peters - e passará a "chairman" executivo.

Hastings estava na liderança da empresa há cerca de 25 anos, ainda o "streaming" era uma miragem e o modelo da companhia se focava no envio de DVD por correio. Na despedida do cargo de co-CEO, o executivo comparou-se com Bill Gates e Jeff Bezos, que também "passaram o testemunho a outros".

 

"Nos últimos dois anos e meio, deleguei cada vez mais a gestão da Netflix ao Ted [Sarandos] e ao Greg [Peters]. É  a altura certa para completar a minha sucessão", assegurou o agora presidente do conselho de administração, citado pelo The New York Times.  

Além de passar a servir de "ponte entre os co-CEO e o conselho de administração", Hastings revelou que vai dedicar-se à "filantropia" e a acompanhar o desempenho das ações da Netflix.


O anúncio de Hastings foi feito na conferência de imprensa de apresentação das contas do quarto trimestre, que agradaram ao mercado. Apesar da queda dos lucros, as receitas subiram e o número de subscritores ficou acima do esperado.

A plataforma norte-americana, que fornece um serviço de "streaming" de filmes e séries de televisão, e que chegou a Portugal em outubro de 2015, conseguiu angariar mais 7,7 milhões de subscritores no quarto trimestre – acima da previsão inicial, que apontava para os 4,5 milhões.

Apesar da perda de cerca de um milhão de assinantes no primeiro semestre, a Netflix recuperou e terminou o ano de 2022 com mais assinantes, num total de 231 milhões de subscritores em todo o mundo.

 

Em termos financeiros, a receita aumentou quase 2% em termos homólogos para 7,85 mil milhões de dólares. Já o lucro afundou 90% face ao mesmo período do ano anterior, para 55 milhões de dólares.

 

Numa carta enviada aos acionistas, citada pelo The New York Times, a empresa explicou que o aumento de subscritores foi impulsionado pelo incremento da publicidade. A estratégia publicitária que a plataforma tem levado a cabo desde novembro tem agradado aos investidores, já que tem tido impacto no número de assinantes. Ainda assim, esta é uma estratégia que não era vista com bons olhos por alguns dos altos quadros da empresa, como Hastings, refere o diário norte-americano.

Relativamente ao futuro, a empresa não apresentou qualquer "guidance" sobre o número de novos assinantes que espera para o trimestre em curso. No que toca às receitas, estima um aumento de 4%.

 
Depois de encerrar a sessão desta quinta-feira a cair 3,23%, a cotada sediada em Los Gatos (Califórnia) segue agora a somar 5,59% para 333,01 dólares na negociação do "after hours".


(Notícia em atualização).

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