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Receitas de publicidade do Facebook vão passar a ser registadas localmente

O Facebook anunciou que vai alterar a sua estrutura de venda nos países onde tem escritórios para começar a registar as receitas de publicidade localmente.


Os gigantes tecnológicos dos EUA (Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google) foram responsáveis por uma subida do Nasdaq até 29% em 2017, até ao momento, e o retorno dos FAANG cifrou-se em mais de 50%, em termos médios. Na nossa opinião, não se trata de uma mera recorrência da bolha dot-com verificada no final da década de 1990. Ao contrário dessa experiência — durante a qual os analistas imaginaram novas formas de valorizar empresas que não passavam de ideias — as empresas que lideram actualmente o sector são reais e apresentam fluxos de caixa tangíveis. Estamos em crer que a inovação tecnológica é um tema estrutural que poderá acrescentar 1% -1,5% ao crescimento potencial do PIB mundial nos próximos 10-15 anos.
Reuters
12 de Dezembro de 2017 às 16:23
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O Facebook vai reestruturar a sua estrutura fiscal para começar a registar as receitas localmente. A medida, anunciada esta terça-feira, 12 de Dezembro, vai levar a que a empresa passe a registar menos proveitos na Irlanda.

Com este passo, a rede social torna-se uma das primeiras gigantes tecnológicas a alterar a sua estrutura fiscal depois da forte pressão para começarem a pagar impostos nos países onde operam, nomeadamente na Europa.

A empresa fundada por Mark Zuckerberg informou que no próximo ano irá assim avançar para uma estrutura de venda local. Ou seja, as receitas de publicidade suportadas pelas equipas locais não serão mais registadas pela sede internacional em Dublin, mas sim pela empresa local nesse país.

"Acreditamos que a mudança para uma estrutura de venda local proporcionará maior transparência aos governos e reguladores em todo o mundo que pediram uma maior visibilidade sobre as receitas associadas às vendas suportadas localmente em seus países", sublinhou Dave Wehner, administrador financeiro do Facebook.

Na mesma nota, o responsável acrescenta que vai "lançar novos sistemas de facturação o mais rápido possível para assegurar uma transição perfeita para a nova estrutura. Planeamos implementar essa mudança ao longo de 2018, com o objectivo de expandir a todos os escritórios no primeiro semestre de 2019", detalhou.

A Reuters assinala que esta alteração não significa que a factura fiscal do Facebook suba nos países onde opera. No Reino Unido esta alteração já foi efectuada e os impostos pagos no país pouco aumentaram, uma vez que os lucros registados no país foram diminutos pois a empresa efectuou transacções intra-grupo.

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