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Realidade aumentada promete explodir nos próximos anos

O conceito de realidade aumentada ainda não é familiar, mas já é utilizado em várias indústrias, com a automóvel a liderar o caminho. Seguem-se a educação, a aviação, a arquitectura e a medicina.

12 de Dezembro de 2015 às 17:30
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"A realidade aumentada é a combinação do mundo físico e do mundo digital", explica Christine Perey, directora executiva da AR for Enterprise Alliance, organização global focada em acelerar a adopção da realidade aumentada pelas empresas.

A optimização da tecnologia aplicada à vida real é o ponto de partida para o conceito de realidade aumentada. "Aumentar a realidade pode também ser uma forma de conhecer melhor a vida", acrescenta Nuno Silva, director de inovação da empresa IT People Innovation.

A combinação do mundo físico com o mundo digital esteve exposta esta sexta-feira, 11 de Dezembro, num encontro de realidade aumentada na Universidade Lusófona, em Lisboa, onde foram apresentados aparelhos como óculos de realidade virtual, projecções holográficas e interactivas, "drones" e câmaras de filmar.

Os aparelhos apresentados na Universidade Lusófona, como óculos de realidade virtual, impressoras 3D, "drones", câmaras de alta velocidade e projecções holográficas e interactivas, são alguns exemplos da utilização da tecnologia no dia-a-dia para dar mais informação e melhorar a produtividade.

"Vamos ter a realidade aumentada em todo o lado. É um negócio que vai explodir nos próximos cinco ou dez anos", vaticina Nuno Silva. "Vai fazer esquecer a expressão ‘Google it’ [‘pesquisa no Google’]. Vai arrumar a internet anárquica que chega até nós. Só vão chegar a nós os conteúdos que nós queremos", acrescenta.

Christine Perey confirma: "A realidade aumentada ajuda a que o mundo todo seja como uma pesquisa de imagens. Nem tudo no mundo foi digitalizado. Ainda. Mas vai acontecer. Vai ser possível utilizar o reconhecimento do contexto como algoritmo de pesquisa para encontrar coisas, em vez de pesquisar palavras-chave ou falar com a Siri [assistente de voz do iPhone]. Vai bastar olhar para uma câmara para encontrar informação que vá ao encontro dos seus interesses".

Esta tecnologia não está só disponível nos filmes de ficção científica. A realidade aumentada já está por toda a parte: no turismo, com a utilização de mapas interactivos, na medicina, através de sensores que ajudam nas cirurgias, e na indústria automóvel, com retrovisores com sensores para ajudar no estacionamento e para avaliar as condições de condução. "A isto eles chamam de ‘segurança’, não dizem que é realidade aumentada", afirma Christine Perey.

As "indústrias sem margem para erro", como o ramo automóvel, educação, arquitectura, aviação e energia são os que estão mais perto de utilizar a realidade aumentada na totalidade num futuro próximo.

Contudo, ainda há desafios ao crescimento da realidade aumentada. Desde limitações como as diferentes expectativas entre os fornecedores das tecnologias e os consumidores ou o desconhecimento de como funcionam as tecnologias, até limitações mais mundanas, como o "hardware", a ligação à internet ou a bateria. A própria tecnologia pode ser um entrave: "A tecnologia é um limite. Com a realidade aumentada tudo é possível, mas a tecnologia ainda é um limite", refere Nuno Silva.

Ainda assim, o futuro passa pela realidade aumentada, concordam os oradores da conferência na Lusófona. "As empresas terão de investir na realidade aumentada para serem mais rápidas e melhores", conclui o líder da IT People Innovation. "Reduzem os erros, reduzem o tempo e provavelmente reduzem o custo, melhorando o desempenho de todos", afirma Christiane Perey.

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