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Quase metade das empresas estão a criar normas para o uso do ChatGPT, diz consultora
Ainda assim, estas empresas, revela a consultora Gartner, estão ainda numa fase muito primordial do desenvolvimento de regras para a utilização deste tipo de ferramentas de inteligência artificial.
Quase metade das empresas inquiridas pela consultora Gartner afirmam que estão em processo de formulação de normas para a utilização do ChatGPT por parte dos trabalhadores.
Até agora, as respostas das empresas ao "chatbot" têm variado. Em Wall Street, por exemplo, o Bank of America, Goldman Sachs, Citigroup e Deutsche Bank baniram a utilização desta ferramenta, ao passo que o fundo Citadel vai promover a sua utilização através de uma licença.
No entanto, as empresas que trabalham este tipo de tecnologia de inteligência artificial estão ainda numa fase exploratória, garante Eser Rizaoglu, analista sénior da Gartner, à Bloomberg. "Estão provavelmente a questionar-se quanto ao ‘guidance’ e que funcionários vão potencialmente poder usar não esta ferramenta, e se deve ser banida ou não", explicou.
"Muitos líderes estão a trabalhar com o departamento de tecnologia, com o gabinete jurídico, ‘compliance’ e auditoria para compreender quais são os riscos e os potenciais impactos, bem como qual será a melhor abordagem", completou.
Ao mesmo tempo, um terço dos líderes das empresas inquiridas pela Gartner afirmam que não estão a planear criar normas para o uso do ChatGPT por parte dos trabalhadores, mesmo numa altura em que surgem questões relativas ao plágio e à privacidade dos dados, bem como à possibilidade de a informação estar errada.
Até agora, cerca de 40% dos profissionais inquiridos pela Fishbowl informaram já ter utilizado o ChatGPT no trabalho, sem revelarem aos superiores. E entre os setores em que a utilização é maior está a tecnologia, consultoria e banca, para tarefas como escrita de email, relatórios e programação.
Numa altura em que várias empresas se apressaram a banir esta ferramenta, o Citadel foi um dos que não o fez. "Esta tecnologia tem um impacto real no nosso negócio", afirmou Ken Griffin, fundador e CEO do fundo de investimento, numa entrevista à Bloomberg, acrescentando que "ajuda em tudo, desde os programadores a escreverem melhor código, a traduções de ‘software’ entre linguagens, à análise de vários tipos de informação no decurso normal do negócio".