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Philips Portuguesa prevê regressar aos lucros em 2002 (act)

A Philips Portuguesa anunciou hoje que «este ano já vamos ter resultados positivos» e que a facturação deverá atingir os «150 milhões de euros» disse ao Negocios.pt Gil Pereira, administrador delegado da empresa.

29 de Outubro de 2002 às 19:06
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A Philips Portuguesa anunciou hoje que «este ano já vamos ter resultados positivos» e que a facturação deverá atingir os «150 milhões de euros» disse ao Negocios.pt Gil Pereira, administrador delegado da empresa.

Gil Pereira, à margem da comemoração do 75º aniversário da Philips Portuguesa, disse ao Negocios.pt que «este ano já vamos ter resultados positivos, o que nos dá bastante satisfação no meio deste clima algo recessivo».

«2002 foi um ano de bons resultados comerciais, onde tivemos crescimentos moderados em relação com o ano anterior e estamos satisfeitos com isso, porque não foi um ano de grandes expectativas», reforçou o responsável.

O mesmo responsável referiu que «do ponto de vista de rentabilidade também foi um bom ano, ao contrário do ano passado e recuperámos de uma situação negativa fruto de alguma reestruturação que fizemos o ano passado».

Gil Pereira disse «com a cisão da parte industrial, há uma parcela significativa da facturação que já não vai ser Philips Portuguesa, o que é mais ou menos 50%», salientando que deverá atingir os 150 milhões de euros.

«Ainda temos que fazer algumas reestruturações e por isso os resultados não vão ser muito fortes», segundo a mesma fonte, salientando que essas mudanças «prendem-se, entre outras coisas, com a reestruturação de (parque industrial) Ovar».

O Parque Industrial de Ovar prevê facturar 150 milhões de euros em 2002, que «já é um cenário de acordo com conjuntura» disse Jaime Sá, responsável deste complexo.

Quanto a novos projectos, Gil Pereira disse «ainda estou numa fase de introspecção» uma vez que assumiu o cargo há cerca de três meses, tendo referido «tenho muitas ideias» que serão divulgadas no final do ano.

A área de electrónica de consumo é a que tem maior peso na facturação total, sendo que em 2002 «vai valer 65 milhões de euros», com as áreas de iluminação e sistemas médicos a contribuírem seguidamente para a facturação.

O Parque Industrial de Ovar investiu, em 2002, cerca de dois milhões de euros, sendo que não houve «um grande crescimento face a 2001» divulgou Jaime Sá.

Em 2003, «prevejo manter-me nos lucros e consolidar resultados, mais do que o crescimento de facturação» afirmou o administrador da empresa.

Gil Pereira concluiu dizendo que «a Philips está na vida de toda a gente».

Philips aliena unidade de sistemas de observação e segurança à Bosh

Gil Pereira anunciou que «ontem formalizamos a venda da unidade de CSS, que trata de sistemas de observação e segurança, ao Grupo Bosh.

Este ano foi marcado pela cisão das fábricas em Ovar, que «passaram a ser autónomas da Philips Portuguesa e passaram a ser propriedade da Philips Internacional e estamos a encontrar parceiros», reforçou o responsável.

Quanto ao encaixe da Philips Portuguesa, relativo a este negócio, Jaime Sá, responsável pelo Parque Industrial de Ovar, preferiu não adiantar valores.

Jaime Sá, relativamente a novos parceiros, disse ao Negocios.pt que «as conversações (para a realização de parcerias nesta área) já começaram há cerca de um ano e meio e existiram algumas áreas onde tivemos muito perto de firmar acordos, mas devido à crise (...) eles tiveram algumas dificuldades económicas nos seus resultados e acharam que não era altura para investir noutras actividades».

O responsável do Parque Industrial de Ovar afirmou ainda que «já tivemos quatro parceiros interessados. Estamos em negociações, mas é extremamente difícil, porque estas negociações passam por empresas multinacionais (...), e estas terão que pensar de quer forma é que com a integração destas unidades a estratégia mundial se via solidificar».

A Philips Portuguesa, apesar de não ter data definida para a conclusão deste processo, este negócio será concretizado depois «do fim do ano», disse Jaime Sá.

«A Philips não vai deixar estas unidades caírem», sendo que o «que é importante é que nós possamos manter a actividade económica na região», concluiu o responsável.

Telecomunicações móveis «são uma área estratégica para a Philips»

O administrador da empresa disse ao Negocios.pt que «as telecomunicações móveis são uma área estratégica para a Philips», referindo que «em determinada altura, a actividade quase que parou e teve que sofrer uma reestruturação muito grande».

A produção de telefones móveis da Philips agora concentra-se na China e «estamos no processo de homologação de uma nova gama, Fisios e iremos entrar na gama UMTS quando for oportuno».

«Não queremos ser os primeiros nessa área, dado que estamos de alguma forma fragilizados» frisou o mesmo responsável.

Gil Pereira quis salientar que «nunca perdemos posição nos componentes para telemóveis. Nós devemos estar presentes em 70% dos telemóveis do mercado, em forma de componentes».

O mesmo responsável adiantou que o mercado nacional poderá aguardar por um terminal UMTS, ou terceira geração, da Philips durante o próximo ano, sem avançar datas concretas, uma vez que esta estratégia é definida internacionalmente.

Por Ana Pereira

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