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“Netflix dos seguros” capta 17 milhões e cria mais 30 empregos em Leiria

A startup portuguesa Lovys, que criou um conceito de subscrição mensal em seguros, fechou mais uma ronda de financiamento, que contou novamente com a capital de risco pública Portugal Ventures.

19 de Janeiro de 2021 às 07:00
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Natural de Leiria, João Cardoso formou-se em Economia pela Universidade Nova de Lisboa e começou a sua carreira em Londres, na Morgan Stanley. Seis anos depois, fez as malas e foi para o Brasil, onde criou duas startups, ambas na área dos seguros - a TaCerto, um site de comparação de seguros, e a VisionX , uma plataforma que permite às agências imobiliárias brasileiras comercializar seguros propostos pelas seguradoras.

 

Com tanta experiência seguradora na bagagem, Cardoso deu um salto a Paris em 2017 e fundou a Lovys, que é uma espécie de "Netflix dos seguros", porquanto, à semelhança do que acontece com as plataformas de "streaming" de filmes e séries, esta "insurtech" oferece seguros sob a forma de subscrição mensal.

 

Atualmente, pode-se subscrever na Lovys até quatro seguros (seguro casa, carro, "smartphone" ou animais de companhia), podendo o cliente "alterar mensalmente a sua subscrição e escolher livremente as suas garantias", garante a "insurtech".

 

A empresa, que conta com uma equipa de 55 pessoas, distribuídas pelos escritórios em Paris, Lisboa, Porto e Leiria, anunciou recentemente a abertura de um polo tecnológico nesta última cidade, com mais de 30 vagas para programadores.

 

Entretanto, pouco mais de um ano depois da sua ronda de investimento "seed", em que levantou 3,3 milhões de euros, a Lovys anunciou esta terça-feira, 19 de janeiro, que angariou mais 17 milhões de euros numa nova ronda de Série A.

 

Aos seus investidores históricos como a MAIF Avenir e a capital de risco estatal Portugal Ventures, "juntam-se agora três nomes de peso - a Heartcore (que investiu em empresas como a GetYourGuide, Tink, Seriously, Peakon), a NewAlpha (que investiu anteriormente na Lydia, Digital Insure, Mobeewave) e Raise Ventures (que conta com empresas como a Finfrog, Bergamotte, Bird Office)", revela a empresa, com comunicado enviado às redações.

 

Ainda centrada no mercado francês, a nova ronda "visa a expansão noutros mercados europeus e fazer crescer os mais de 20 mil clientes, continuando fiel à sua visão de ‘uma só subscrição para todos os seguros’", explica a Lovys.

 

"Conseguimos demonstrar um enorme crescimento, principalmente no último terço do ano, onde duplicámos a nossa base de clientes. Estamos empenhados em oferecer uma experiência única em seguros e com um posicionamento radicalmente diferente: sermos a primeira subscrição digital e flexível para vários seguros em simultâneo", afirma João Cardoso, CEO e fundador da Lovys. 

 

Já para Rui Ferreira, vice-presidente da Portugal Ventures "a Lovys demonstrou uma capacidade de adaptação e de inovação que a colocam como uma das startups com maior potencial no setor Insurtech, a nível europeu".

 

Apesar de admitir que é "desfavorável" o atual contexto do setor dos seguros, Ferreira considera que a Lovys "conseguiu obter uma progressão notável ao longo de 2020".

 

"Para a Portugal Ventures é um orgulho fazer parte de um projeto que sabe combinar o potencial do capital humano português com uma apetência expansionista à escala europeia", enfatiza o mesmo gestor da Portugal Ventures, capital de risco que gere atualmente 182 milhões de euros e tem mais de uma centena de empresas em carteira.

 

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