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Netflix conquista quase o dobro dos assinantes que analistas previam

A Netflix, que fornece um serviço de streaming de filmes e séries de televisão, reportou o seu melhor início de ano desde 2020, tendo atraído mais novos assinantes do que o esperado, devido ao sólido leque de programas originais e ao controlo na partilha da password.

Com a grande maioria das famílias em confinamento, o número de subscrições de plataformas de “streaming” disparou.
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Carla Pedro cpedro@negocios.pt 18 de Abril de 2024 às 21:52

A Netflix registou entre janeiro e março deste ano o maior crescimento trimestral desde 2020 em matéria de assinaturas pagas, ao reportar mais 9,33 milhões de subscritores em todo o mundo – quase o dobro das estimativas do consenso dos analistas, que apontavam para 4,84 milhões de novos clientes.

 

A empresa atraiu novos assinantes de todo o mundo, com particular robustez nos EUA e no Canadá – o que levou a Netflix a registar lucros e receitas superiores ao esperado. Para isto terá contribuído, sublinha a Bloomberg, a política implementada de controlo da partilha de passwords, com o lançamento de serviços pagos para os clientes poderem partilhar contas, bem como o sólido leque de programas originais.

 

O mercado está sempre atento a este indicador, mas hoje a empresa norte-americana de streaming de filmes e séries de televisão anunciou que vai deixar de o revelar. Com efeito, a Netflix referiu que vai deixar de reportar o número de assinantes trimestrais e as receitas por subscritor a partir do primeiro trimestre de 2025.

 

Estas métricas são há muito tempo o principal foco de Wall Street para avaliar o desempenho da empresa, mas a Netflix tem tentado desviar esse foco para indicadores tradicionais, como as vendas e lucros. A administração continuará a divulgar os principais marcos em matéria de assinantes, mas o mercado parece não ter gostado muito, já que a empresa segue a perder 3,46% na negociação fora de horas em Wall Street, para 590 dólares – depois de ter encerrado a sessão desta quinta-feira a resvalar 0,41% para 611,15 dólares.

 

Já o lucro ascendeu a 2,33 mil milhões de dólares – 5,28 dólares por ação, quando as estimativas do consenso do mercado apontavam para 4,51 dólares.

 

Também as receitas saíram melhor do que o esperado no primeiro trimestre, ao crescerem 15% para 9,37 mil milhões de dólares, contra 9,26 mil milhões de estimativa média dos analistas de Wall Street.

 

A empresa espera que este crescimento se mantenha. Segundo as suas estimativas, as receitas aumentarão 16% no trimestre em curso – se bem que, devido à sazonalidade, antecipe um crescimento de novos assinantes mais baixo do que no primeiro trimestre.

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