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Nem com trimestre de faturação recorde a Apple evita desilusão

A empresa da maçã registou o maior valor de receitas num trimestre em toda a sua história: 83,4 mil milhões de dólares. Mas os analistas esperavam mais e as ações da gigante tecnológica sofreram uma queda de 5% na negociação after hours.

Com Tim Cook ao leme, as ações da Apple passaram de cerca de 14 dólares em 2011 para 151 dólares, este ano.
Reuters
29 de Outubro de 2021 às 01:07
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A Apple fechou o seu quarto trimestre fiscal, findo a 26 de setembro, como o melhor de sempre em faturação. As receitas ascenderam a 83,4 mil milhões de dólares, uma subida homóloga de 29%, mas os analistas esperavam mais, apontando para 84,9 mil milhões. Resultado? As ações da gigante tecnológica caíram 5% na negociação after hours.

O CEO da empresa, Tim Cook, indicou que os "constrangimentos no fornecimento foram maiores do que antecipávamos e estimamos que tenham tido um custo de seis mil milhões de dólares".

E as receitas com os iPhones falharam igualmente as expectativas do mercado, mesmo tendo crescido 47%, para 38,9 mil milhões de dólares. Os analistas esperavam uma faturação na ordem dos 41,5 mil milhões e, notam, este aumento é inflacionado pelo facto de este ano o novo modelo, o iPhone 13 ter contado com uma semana de vendas no quarto trimestre fiscal, ao contrário do que sucedeu em 2020.

Mas não foram apenas os famosos smartphones a falhar as estimativas dos analistas. As receitas de outros produtos como os Apple Watch e Air Pods, bem como as dos Mac também ficaram aquém. Pela positiva apenas as vendas dos iPad.

Luca Maestri, CFO da Apple, indicou ainda que as disrupções na produção relacionadas com a pandemia "aumentaram bastante" em outubro e que a escassez de chips prossegue, deixando antever um primeiro trimestre fiscal, que engloba a época natalícia, abaixo do esperado pelo mercado.

Os lucros no último trimestre fiscal ascenderam a 20.551 mil milhões de dólares, uma subida homóloga de 62,2%.

Desde abril de 2016 que a Apple não registava um trimestre sem superar as estimativas dos analistas para os lucros e desde maio de 2017 que não apresentava receitas abaixo do esperado pelo mercado, de acordo com dados da Refinitiv.

Em termos do exercício de 2021, a Apple obteve 94,7 mil milhões de dólares, mais 64,9% do que em 2020.

A faturação, por seu turno, cresceu 33%, atingindo os 365,8 mil milhões de dólares.
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