Steve Ballmer poderá estar a preparar uma reestruturação da Microsoft, segundo a agência Bloomberg. A redução das unidades de negócio e o reforço na aposta dos dispositivos e serviços poderão ser algumas das mudanças que o CEO está a discutir com o conselho de administração.

Alguns executivos da tecnológica, como Don Mattrick, que comanda a Xbox, ou Tony Bates, presidente do Skype, poderão ver as suas responsabilidades aumentadas, caso os planos de Ballmer se concretizem. Já Andy Lee que tem supervisionado as áreas de desenvolvimento corporativo e estratégia deverá deixar a Microsoft, nos próximos meses, segundo a Bloomberg que cita fontes com conhecimento do processo.

As mudanças que se opere na equipa da Microsoft poderão dar algumas pistas quanto ao nome que sucederá a Steve Ballmer na liderança da tecnológica fundada por Bill Gates.

As negociações entre Ballmer e o conselho de administração estão ainda a decorrer, pelo que os planos ainda podem ser alterados. O objectivo será reduzir o número de unidades dispersas e incentivar a cooperação, para que assim seja possível competir com a Apple e a Google.

Os planos para uma possível reestruturação da Microsoft surgem num momento em que os investidores estão a aumentar a pressão sobre a companhia e a uma recente valorização da cotada em bolsa.

Numa nota de análise da última semana, citada pelo “All Things D”, blogue do “Wall Street Journal”, Rick Sherlund, analista do Nomura Equity  Research, afirmou que os accionistas poderão exigir uma maior participação nas decisões quanto ao rumo da empresa. Os accionistas poderão exigir também um retorno superior, adverte Sherlund.

O analista do banco japonês, que segue o desempenho da Microsoft, desde a sua entrada em bolsa, recomenda que a gigante da tecnologia venda o Bing (motor de busca) e a unidade de jogos Xbox.

A mudança pode também ser impulsionada pelo ValueAct Vapital. O “hedge fund” comprou 1% das acções da Mircrosoft em bolsa o que lhe permite com o apoio de outros accionistas fazer avançar esta reestruturação, explica Rick Sherlund.

Nos Estados Unidos da América (EUA), a Microsoft perde 2,09% para 34,845 dólares, por acção. Desde o início do ano a Microsoft somou 30,1% em bolsa, “talvez em antecipação da mudança que está para acontecer”, escreve o “All Things D”.

No último ano, o CEO da companhia tinha anunciado uma alteração na estratégia a seguir. A maior fabricante de”software” do mundo pretendia focar-se em dispositivos de computação e serviços com base na Internet.

(Notícia actualizada às 20h30 com mais informações.)