A M-ITI – Madeira Interactive Technologies Institute, uma instituição não lucrativa criada em Dezembro de 2009 pela Universidade da Madeira, o Madeira Tecnóplo e a Carnegie Mellon University, foi uma das 11 entidades às quais Bruxelas decidiu atribuir as primeiras “Cátedras do Espaço Europeu da Investigação (EEI)”.

O domínio de investigação no caso da única entidade portuguesa constante do comunicado esta terça-feira emitido pela Comissão Europeia é a “interacção homem-computador”, área onde a M-ITI se tem especializado. “No total”, adiantou a CE, “foram apresentadas para avaliação 111 propostas, o que excedeu largamente as expectativas”.

De acordo com o comunicado emitido esta segunda-feira por Bruxelas, os 11 institutos politécnicos e universidades europeus de “regiões menos desenvolvidas na Europa irão receber até 2,4 milhões de euros cada de financiamento da EU para reforçar a sua capacidade de investigação”, através da nomeação das primeiras “Cátedras do Espaço Europeu de Investigação – EEI”.

De acordo com as directivas da Comissão, “as instituição seleccionadas devem atribuir Cátedras EEI a académicos eminentes que tenham capacidade para elevar os padrões e atrair pessoal de mais alto nível, bem como fundos provenientes de outras fontes, como fundos regionais ou os fundos de financiamento de investigação da EU”.

“Uma vez recrutados”, acrescenta o comunicado de Bruxelas, os “catedráticos EEI e respectivas equipas desenvolverão trabalhos de investigação” em vários áreas de domínios científicos, desde as “interacções homem-máquina”, como projecto da instituição madeirense, até a aquicultura (como o projecto espanhol), à medicina veterinária (como o projecto croata) até à redução das emissões de carbono nas cidades (projecto belga), entre as 11 candidaturas agora aprovadas.

A primeira “ronda” de cátedras EEI atingiu assim um valor de 26,4 milhões de euros, mas Bruxelas recorda que estão previstos outros 34 milhões de euros para a próxima fase. O prazo de apresentação de candidaturas é 15 de Outubro de 2014 para as próximas 15 cátedras EEI, desta feita já financiadas pelo programa-quadro de 2020, publicado em Dezembro de 2013.