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Lucros da Netflix superam expectativas mas subscritores desiludem

As subscrições pagas ficaram abaixo do consenso de mercado, mesmo com a empresa a adiar para o segundo trimestre a generalização do fim das contas partilhadas.

Reuters
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A norte-americana Netflix anunciou esta quarta-feira à noite, após o fecho da sessão em Wall Street, que as subscrições pagas no primeiro trimestre fiscal ficaram abaixo das expectativas dos analistas. O aumento foi de 1,75 milhões, face a uma expectativa de 2,41 milhões por parte dos analistas inquiridos pela Bloomberg.

Entre janeiro e março de 2022, a empresa tinha registado a primeira quebra trimestral numa década, em número de assinantes, ao perder 200 mil.

Nos primeiros três meses deste ano, apenas na região da Ásia-Pacifico a tecnológica conseguiu superar as estimativas do mercado ao captar 1,46 milhões de novos assinantes, contra os 986.597  esperados.

Tanto os Estados Unidos como a Europa registaram valores abaixo do esperado. Na região da Europa, Médio Oriente e África (EMEA), o número de assinantes aumentou 640 mil nos primeiros três meses do ano, contra uma projeção de 830.707 novos subscritores.

A influenciar o número de subscrições pagas estará o fim das contas partilhadas em Portugal, Espanha, Canadá e Nova Zelândia desde fevereiro. Desde então, quem quiser ter mais pessoas associadas fora da sua residência terá de pagar 3,99 euros.

Noutras regiões do globo, onde era suposto que a medida passasse a vigorar desde o final do trimestre, tal apenas deverá acontecer no segundo trimestre, segundo o documento de apresentação de resultados da plataforma de "streaming". Os Estados Unidos e o Canadá viram as subscrições aumentar em apenas 100 mil assinantes, quando a expectativa era de 257.994.

Já as receitas cresceram 4% para 8.162 milhões de dólares, em linha com as expectativas dos analistas, ao passo que os lucros por ação foram de 2,88 dólares contra os 2,86 dólares previstos pelo mercado.

Relativamente ao "guidance" para o segundo trimestre do ano, a Netflix espera uma receita de 8.242 milhões de dólares e 2,86 dólares de lucros por ação, valores abaixo do estimado pelo consenso dos analistas.

Ainda esta terça-feira, a plataforma de "streaming" anunciou o adeus ao seu negócio de DVD. O CEO da empresa, Ted Sarandos, afirmou na carta aos acionistas que a empresa irá terminar no final de setembro com esta componente do negócio, que "continua a afundar".

As ações da empresa não estão a reagir bem as estas notícias. Depois de terem encerrado a negociação regular no mercado nova-iorquino a subir 0,29% para 333,7 dólares, seguem agora na negociação fora de horas a recuar 0,36% para 332,5 dólares.
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