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Lisboa cede espaços para testar robôs e admite usá-los no futuro

Seis espaços da Câmara de Lisboa e de outras entidades na capital vão ser disponibilizados para testar projectos na área da robótica, anunciou hoje o município, admitindo implementar algumas ideias, em áreas como o salvamento e a mobilidade.

Jorge Paula/Correio da Manhã
24 de Fevereiro de 2017 às 14:05
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"Identificámos um conjunto de espaços, não só do município mas também de outras entidades (...), que passam a estar disponíveis para serem utilizados para experimentação de protótipos de robôs que possam ser desenvolvidos e, alguns deles, podem representar soluções para a cidade, como por exemplo na área da salvação no Regimento de Sapadores Bombeiros [RSB] e na Protecção Civil", disse à agência Lusa o vice-presidente da autarquia, Duarte Cordeiro.

 

Em causa estão locais como o aterro sanitário de Carnide, o reservatório do Jardim do Cabeço das Rolas, a escola do RSB de Chelas, o Lispolis, o aterro de Beirolas no Parque das Nações e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

 

O autarca socialista falava à Lusa nas instalações do Polo Tecnológico de Lisboa, onde foi apresentado o programa "Lisboa Robotics", que visa a criação de uma rede na área da robótica, abrangendo o município, empresas (algumas mais consolidadas, mas também 'startup'), instituições de ensino e centros de investigação, associações e incubadoras, num total de 40 parceiros.

 

Ao mesmo tempo que se abrem "espaços à experimentação", o programa agrega "um conjunto de entidades que já trabalham a robótica em Lisboa, [para] ajudar a dar-lhes dimensão e maturidade que lhes permita atrair eventos internacionais, candidatar-se a projectos de financiamento e desenvolver programas em conjunto", assinalou Duarte Cordeiro.

 

Questionado sobre a futura concretização destes projectos - que envolvem equipamentos como drones e robôs submarinos e móveis -, o responsável reconheceu que, "ao nível dos serviços públicos, há uma infinidade de utilizações".

 

"Também temos interesse em estar próximos do desenvolvimento destas soluções e que a cidade sirva de espaço à experimentação", de forma a "perceber se se pode aproveitar essa mesma inovação para melhorar a qualidade de vida dos lisboetas", sustentou, aludindo a projetos nas áreas da mobilidade, da manutenção de espaços públicos e do ensino.

 

Quanto aos custos do programa, para já não existem, uma vez que são usados espaços já existentes.

 

"No futuro, na estruturação de funcionamento destes espaços, em programas de aceleração e na atracção de eventos, poderá haver algum investimento, mas que será reprodutivo e que também ajuda a posicionar a cidade", argumentou.

 

O programa visa ainda a criação de um 'think tank' (espaço de reflexão), com os parceiros e entidades externas, para "discutir os aspectos em que a robótica vai mudar a vida das cidades, desde logo naquilo que diz respeito à organização do trabalho e aos limites éticos que são necessários do ponto de vista daquilo que é a utilização dos robôs em espaço público", concluiu Duarte Cordeiro.

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