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Huawei lança sistema operativo que pode substituir Android
A empresa chinesa apresentou um sistema operativo próprio que, no futuro, poderá integrar os seus smartphones e substituir o Android. O lançamento acontece numa altura que Trump reforçou as restrições à China.
A Huawei apresentou esta sexta-feira o seu novo sistema operativo, o HarmonyOS, que poderá no futuro integrar os seus smartphones e, desta maneira, substituir o Android (da Google). O anúncio deste sistema, feito durante a Huawei Developer Conference, acontece numa altura em que os EUA estão a impor restrições às fabricantes chinesas.
O objetivo da Huawei é que o novo sistema, que ainda está numa fase de testes, possa ser usado em vários dispositivos, desde smartphones, televisões a colunas inteligentes e até sensores, reforçando a aposta na indústria da internet das coisas. Mas também para funcionar como substituto, caso seja necessário, do Android, sistema operativo da Google utilizado pela Huawei.
"O HarmonyOS é um sistema operativo compacto e leve, com uma funcionalidade poderosa, sendo utilizado primeiramente em dispositivos inteligentes, como wearables, ecrãs inteligentes, sistemas para veículos e earphones inteligentes", refere um comunicado da tecnológica, acrescentando que "com esta implementação, a Huawei pretende definir um ecossistema integrado e partilhado entre os dispositivos, criando um ambiente de tempo de execução seguro e confiável e que permita uma experiência inteligente e holística, em todas as interações com todos os equipamentos".
Richard Yu, CEO do Consumer Business Group da Huawei, salienta que "o HarmonyOS é completamente diferente do Android e do iOS", pois é um sistema operativo "baseado em microkernel que proporciona uma experiência suave em todos os momentos". Além disso, "o utilizador poderá desenvolver as suas aplicações uma vez, e de seguida, implementá-las de maneira flexível em diversos equipamentos diferentes".
No início de agosto, Donald Trump anunciou na sua conta no Twitter que a partir de 1 de setembro os EUA vão impor tarifas alfandegárias adicionais de 10% sobre o equivalente a 300 mil milhões de dólares de produtos chineses que entrarem no país. Isto depois dos reveses na tentativa de retoma das negociações comerciais entre Washington e Pequim.
No dia seguinte, a China prometeu retaliar: "Se os Estados Unidos implementarem as tarifas adicionais, a China terá que adotar as contramedidas necessárias", disse, no dia 2 de agosto, Hua Chunying, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros.