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Horta e Costa descarta venda da TV Cabo

O presidente executivo da PT, Horta e Costa descarta a possibilidade de vender a rede da TV Cabo, por considerar um investimento importante para o grupo. Este é um dos cenários que as entidades reguladoras estão a equacionar para aumentar a concorrência.

16 de Abril de 2003 às 08:24
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O presidente executivo da Portugal Telecom (PT), Miguel Horta e Costa descarta a possibilidade de vender a rede da TV Cabo, por considerar um investimento importante para o grupo. Este é um dos cenários que as entidades reguladoras estão a equacionar para aumentar a concorrência na banda larga em Portugal.

O ministro da Economia, Carlos Tavares, num jantar promovido pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) reforçou que na questão da detenção da rede de cabo está a ser equacionada uma solução entre três hipóteses: separação accionista da rede da PT, fomentar ou facilitar o aparecimento de redes alternativas ou não impedir o acesso à infra-estruturas» da TV Cabo por outros operadores.

Será a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) e a Autoridade da Concorrência, que determinarão o futuro da rede da TV Cabo.

A Apritel, associação dos operadores de telecomunicações nacionais, entende que o Grupo Portugal Telecom (PT) não deveria deter, em simultâneo, as redes de cobre e de cabo, à semelhança do que acontece nos restantes países da União Europeia.

Nesse sentido, o presidente cessante da Apritel advoga, em último instância, que seja separada a propriedade da rede fixa de telecomunicações da rede de cabo, deixando o operador histórico de ter acesso único à rede da TV Cabo.

Compreendendo a dificuldade desta opção, Paulo Azevedo defende que a cotação em Bolsa da TV Cabo seria «80% da solução», com a operadora de televisão por cabo a ter uma gestão diferente do operador histórico.

Na perspectiva da PT, «não estamos a encarar vender a rede de cabo. É um investimento muito importante. É complementar das outras redes», destacou Miguel Horta e Costa, no final do jantar da APDC.

Para o presidente da PT, a rede de cabo do grupo surgiu de um concurso público a que muitos investidores puderam ter acesso. «Foi um investimento do grupo PT no quadro de liberalização total do cabo», sublinhou Horta e Costa, acrescentando que «a PT aproveitou essa oportunidade e decidiu correr o risco e investiu».

Por não ter nascido de uma posição dominante do operador histórico, o presidente da PT não encara a hipótese da separação accionista da rede do grupo.

«Há outras possibilidades, como a de não fechar completamente a rede de cabo», revelou Miguel Horta e Costa que não rejeita essa solução, mediante um pagamento justo por parte de outros operadores que queiram oferecer serviços sobre a rede de cabo que permite acesso à Internet de banda larga e oferta de voz.

«Podemos estudar as situações», referiu a mesma fonte, lembrando que «a PT é uma empresa privada, tem accionistas e investidores que quando decidiram investir no grupo tinham um conjunto de expectativas».

Para o ministro da Economia, «este é um problema que vai ser naturalmente resolvido».

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