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“Hacker” mais valioso do mundo é de Coimbra e acaba de angariar quatro milhões de euros

A Ethiack, fundada há dois anos por três “hackers éticos” portugueses especializados em cibersegurança, concluiu uma ronda “seed capital” para lançar “a próxima geração de tecnologia de ‘pentesting contínuo automático’’”

10 de Dezembro de 2024 às 12:01
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Em agosto passado, André Batista revalidou o título de Hacker Mais Valioso (MVH), passando a fazer parte do restrito grupo de cinco "hackers" no mundo que já conquistaram este título duas vezes.

 

No caso de Baptista, a primeira vez foi em 2018, o que lhe valeu, na altura, o título de "Cristiano Ronaldo da cibersegurança".

 

A revalidação do título aconteceu numa competição realizada em Las Vegas, Estados Unidos, onde só participam "hackers éticos" por convite e cujo desafio consistia em descobrir vulnerabilidades no TikTok e na EPIC Games.

 

Baptista fez equipa com o americano Ben e o inglês Alex, tendo sido os únicos a descobrir vulnerabilidades com impacto nas duas empresas.

 

Nascido em Coimbra, em 1994, aqui se licenciou em Engenharia Informática, tendo em 2015 rumado à Universidade Porto, onde se especializou em Segurança Informática.

 

E em 2022 fundou a Ethiack, juntamente com os também "hackers éticos" especializados em cibersegurança Jorge Monteiro e Vítor Pinho, que lançou no mercado mundial aquilo que garante ser "uma plataforma inovadora para testes contínuos de cibersegurança, que permite às empresas identificar vulnerabilidades nos seus ativos digitais".

Criada no Instituto Pedro Nunes, a Ethiack acaba de anunciar que fechou ronda de quatro milhões de euros para lançar hackbots "alimentados" por inteligência artificial, "uma tecnologia que simula a abordagem de um ‘hacker’ ético que testará os ativos digitais, capazes de proteger a Internet em escala", explica a startup, em comunicado.

 

Com a ronda de capital agora anunciada, a Ethiack pretende lançar "em breve" a "próxima geração de tecnologia de ‘pentesting contínuo automático’, através AI-Powered Hackbots altamente eficazes a detetar e reportar vulnerabilidades críticas, 24 horas por dia, 7 dias por semana, que serão capazes de entender as superfícies de ataque e a forma como os ativos estão relacionados entre si, bem como explorar vetores de ataque complexos", detalha a empresa.

 

A Ethiack sinaliza, também, que vai "acelerar a expansão para novos mercados, começando pelo Reino Unido e Europa, "com olhos nos EUA e no Médio Oriente".

A ronda de "seed capital" contou com a participação da Explorer Investments, da CoreAngels, de Paulo Marques (empreendedor e investidor), da Startup Wise Guys, da Aralab, da Amena Ventures e do Start Ventures.

 

"Com a sua experiência" vão ajudar a startup de Coimbra "a crescer e a ultrapassar os desafios de crescimento e de internacionalização", acredita Jorge Monteiro, CEO da Ethiack, startup que, afiança, "em dois anos alcançou o número mágico do milhão de euros de faturação, através de uma carteira de clientes com mais de 50 clientes, em nove países, e uma equipa com 10 pessoas".

 

No seu curto percurso, a Ethiack assegura que "já testou mais de 150 mil ativos digitais e, só no último ano, cerca de 20% das vulnerabilidades foram detetadas em ativos críticos de elevada importância, sendo que metade destas foram consideradas muito impactantes para os negócios", realça.

 

A Explorer Investmente, "enquanto líderes desta ronda de investimento na Ethiack", destaca "o compromisso" da "private equity" em "apoiar fundadores visionários e empresas transformadoras que enfrentam os desafios da era digital", considerando que "a abordagem pioneira da Ethiack, que combina inteligência artificial e ‘hacking ético’, representa uma abordagem inovadora para a cibersegurança, alinhando-se perfeitamente" à sua missão de "promover soluções escaláveis e de alto impacto".

 

O chamado "hacking ético" é a designação utilizada para os serviços prestados por profissionais especializados em cibersegurança, que detetam vulnerabilidades em sistemas, plataformas, websites e aplicações, ao realizar análises por meio de testes controlados aos ativos digitais, sistemas de informação e servidores.

(Notícia atualizada às 12:12)

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