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Google acusa Bruxelas de não saber como se compra online

A tecnológica defende que a “teoria” de Bruxelas no processo interposto por alegadas práticas anticoncorrenciais “não encaixa na realidade de como realmente a maioria das pessoas compra online”.

8º Google
04 de Novembro de 2016 às 10:03
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O braço de ferro entre a Comissão Europeia e a Google parece não ter um fim próximo à vista. A gigante tecnológica emitiu um novo comunicado a refutar as acusações de Bruxelas relativas à posição dominante do Google na pesquisa e comparação de preços para compras online.

O segundo capítulo da argumentação da tecnológica acontece depois da Comissão Europeia ter enviado "este Verão […] um conjunto revisto de acusações", cuja "teoria" é colocada em causa pelo Google, segundo um comunicado emitido na quinta-feira assinado pelo vice-presidente Kent Walker.

No documento intitulado "melhorar a qualidade não é anticoncorrencial, parte II", Kent Walker começa por defender que "o documento revisto da Comissão assenta no modelo hipotético de uma viagem de compras online onde os consumidores iniciam uma pesquisa geral no motor de busca, depois clicam num site comparador de preços e clicam novamente em diferentes sites como a Amazon, o eBay ou outros sites de compras online. Contudo, não existe qualquer indicação que a Comissão tenha alguma vez realizado um questionário de modo a perceber o que as pessoas preferem ou como, actualmente, compram".

E as críticas não ficam por aqui: "A nossa segunda resposta, hoje [na quinta-feira] entregue, demonstra como o caso revisto pela Comissão assenta numa teoria que não encaixa na realidade de como realmente a maioria das pessoas compra online". Porquê? Segundo Kent Walker os consumidores "chegam aos websites dos comerciantes através de diferentes formas", e mobile, com "aplicação dedicadas são a forma mais comum dos consumidores fazerem as suas compras online".

Por estas razões, "não podemos concordar com um caso onde existe falta de evidências e que iria limitar a nossa capacidade para melhorar os nossos produtos, apenas para satisfazer o interesse de um pequeno número de websites", conclui o responsável. Porém, acrescenta que a empresa está "comprometida em continuar a trabalhar com a Comissão Europeia, esperando poder resolver as preocupações levantadas e esperamos poder continuar as nossas discussões".

O caso remonta a 2010, quando Bruxelas começou a investigar o alegado favorecimento aos serviços da empresa nas pesquisas no portal Google. No ano passado Margrethe Vestager, comissária da Concorrência da Comissão Europeia, decidiu avançar com um processo anticoncorrencial, o qual ainda está a decorrer.

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