A rede social tem 132 milhões de utilizadores no país, um número apenas ultrapassado pelos 193 milhões de subscritores da plataforma nos EUA. No entanto, escreve a Reuters esta quarta-feira, 12 de Agosto, o resultado do sucesso da Índia tem sido reduzido ao nível das receitas. Aqui a rede social ganha cerca de 15 cêntimos por utilizador num trimestre, face aos 7 ou 8 dólares que soma por cada subscritor norte-americano no mesmo período. Para fazer face a esta dificuldade, o Facebook está a desenvolver ferramentas específicas para os anunciantes indianos e a trabalhar para facilitar o acesso dos utilizadores à plataforma.

Entre as novas ferramentas disponibilizadas pela plataforma está, por exemplo, um email de apoio aos anunciantes, tanto para tirar dúvidas como para ter acesso a dicas para aumentar as vendas. De referir também um novo tipo de anúncio, desenhado especificamente para este mercado no ano passado, em que o utilizador carrega num botão dentro do anúncio e faz automaticamente uma chamada para o anunciante. Este desliga para poupar ao cliente o gasto da chamada e liga de volta depois.

O Facebook, que recusou adiantar quantos funcionários tem no país ou quanto investiu desde que lançou operações na Índia, em 2010, adiantanto apenas que os seus esforços começam a relectir-se.

No entanto, os anunciantes indianos estão ainda muito direccionados para os anúncios em televisão e permanecem cépticos quanto ao valor da publicidade nas redes sociais.

"Os anunciantes na Índia não estão sensíveis o suficiente às redes sociais como conceito de marketing", diz Shah, analista da Counterpoint.

"Precisamos de os ajudar a ver como as páginas de Facebook e os anúncios vão ajudar a crescer o seu negócio", explica Andy Hwang, director do Facebook para pequenos e médios negócios na região Ásia – Pacífico.

As empresas tecnológicas, escreve a Reuters, viram-se para a Ásia porque a região contém dois terços da população mundial.

O Facebook adiantou ainda que pretende replicar a estratégia usada na Índia em outros mercados emergentes, como o Brasil, Indonésia e México.

Além dos esforços para atrair os anunciantes, o Facebook está a trabalhar no sentido de tornar mais fácil para os utilizadores comuns aceder à plataforma. De referir ferramentas como o Facebook Lite - uma aplicação que usa menos dados, logo pesa menos nas contas de internet móvel dos subscritores – e a iniciativa internet.org, que visa ligar "os dois terços do mundo que não têm acesso à internet", pode ler-se no seu site oficial.