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Facebook descarta plano para criar nova classe de acções

A empresa dona da rede social Facebook pôs de lado os planos para criar uma nova classe de acções, sem direitos de voto, que era uma forma de Zuckerberg reter o controlo da companhia que fundou, ao mesmo tempo que cumpria a promessa de abrir mão de parte da sua riqueza. Mas o CEO diz que conseguirá fazê-lo sem novas acções.

12º Lugar: Facebook. A tecnológica paga em média aos seus funcionários o mesmo que a Visa. Contas feitas: 150.000 dólares/ano (132.157 euros/ano); 10.714 dólares/mês (9.440 euros/mês).
Bloomberg / Reuters / Getty Images
23 de Setembro de 2017 às 01:11
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O CEO da empresa que gere a rede social Facebook [a Facebook Inc.], Mark Zuckerberg, disse que está preparado para financiar os seus projectos filantrópicos sem criar uma nova classe de acções – um plano que tinha sido duramente criticado pelos accionistas e que levou a que os mesmos intentassem uma acção judicial para que o projecto não fosse em frente.

 

Zuckerberg deveria falar em defesa deste plano, na próxima terça-feira, mas, com esta decisão, isso já não acontecerá, refere a Bloomberg.

 

"Ao longo do último ano e meio, o negócio Facebook teve um bom desempenho e o valor accionista cresceu até um patamar em que posso financiar totalmente o nosso projecto filantrópico e reter o controlo dos direitos de voto da Facebook Inc. durante 20 anos ou mais", declarou o co-fundador da rede social numa mensagem na sua página da rede social.

 

Ou seja, Zuckerberg vai conseguir cumprir a promessa de doar parte da sua fortuna a causas de beneficência e manter, ao mesmo tempo, o controlo da empresa que criou, sublinha a Reuters.

 

"Solicitei à administração da empresa que retirasse a proposta de reclassificar as nossas acções – e o ‘board’ aceitou", rematou o CEO.

Recorde-se que a 1 de Dezembro de 2015 Zuckerberg e a sua esposa, a pediatra Priscilla Chan, comprometeram-se a doar 99% das suas acções do Facebook para a filantropia. 

Zuckerberg fez o anúncio numa carta à sua filha, Max, nascida uma semana antes e apresentada naquele dia ao mundo numa foto com os pais, num "post" no Facebook. E nessa carta dizia-lhe que os seus pais lhe desejavam um mundo melhor, para ela e para toda a sua geração, explicando como pensavam fazer por isso.

Para avançarem com esta ideia, o fundador da rede social e Priscilla Chan criaram a Chan Zuckerberg Initiative, que replica grandemente as doações que o casal tem feito ao longo dos anos – direccionadas para o ensino personalizado, a cura de doenças e a ligação entre as pessoas via Internet – e que se destina a gerir o dinheiro.

As acções da dona da popular rede social encerraram a sessão desta sexta-feira a ceder 0,33% para 170,54 dólares.

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