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EUA pressionaram ASML a bloquear vendas à China

A Bloomberg avança que o conselheiro de Segurança Nacional norte-americano telefonou ao Governo neerlandês, tendo as autoridades do país pedido aos EUA que contactassem diretamente a ASML.

Piroschka van de Wouw/Reuters
01 de Janeiro de 2024 às 23:46
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A ASML terá cancelado o envio de algumas das suas máquinas para a China a pedido da administração liderada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, semanas antes de entrarem em vigor as proibições à exportação de equipamentos de fabrico de "chips", avança a Bloomberg, citando fontes familiarizadas com o assunto.

A empresa neerlandesa detinha licenças para enviar três máquinas topo de gama de litografia ultravioleta profunda a empresas chinesas até janeiro, data prevista para a entrada em vigor de novas restrições. No entanto, as autoridades norte-americanas terão contactado a ASML com o objetivo de pedir a suspensão imediata dos envios programados.

Joe Biden estará a tentar travar os esforços de Pequim para criar a sua própria indústria de semicondutores avançados, de acordo com a Bloomberg. No ano passado, a empresa chinesa Huawei produziu um "smartphone" para rivalizar com o iPhone da Apple, usando "chips" topo de gama fabricados com máquinas da ASML.

Segundo indicaram as mesmas fontes à agência, o conselheiro de Segurança Nacional norte-americano, Jake Sullivan, telefonou ao Governo neerlandês sobre o assunto no final do ano passado, e as autoridades do país pediram aos EUA que contactassem diretamente a ASML sobre os equipamentos.


Alguns envios (embora não se saiba ao certo quantos) foram então cancelados na sequência do pedido dos EUA, com custos tanto para a empresa como para a China, onde as empresas anteciparam a entrada em vigor das limitações acelerando encomendas.

Entre julho e novembro, as importações chinesas de máquinas litográficas aumentaram mais de cinco vezes, atingindo 3,7 mil milhões de dólares, de acordo com os dados aduaneiros chineses. A China foi responsável por quase metade das vendas da ASML no terceiro trimestre, em comparação com 24% no trimestre anterior e 8% nos três meses que terminaram em março.

Contactados pela Bloomberg, a ASML, bem como porta-vozes do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca e do Ministério dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos recusaram comentar.

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