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Empresas de electricidade e água criam Bolsa «online»

A Endesa, a ScottishPower e outras dez das maiores empresas de energia europeias anunciaram hoje a criação de uma Bolsa «online», numa tentativa de reduzir custos à medida que a liberalização do sector energético europeu obriga a tarifas mais baixas.

29 de Maio de 2000 às 19:16
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A Endesa, a ScottishPower e outras dez das maiores empresas de energia europeias anunciaram hoje a criação de uma Bolsa «online», numa tentativa de reduzir custos à medida que a liberalização do sector energético europeu obriga a tarifas de electricidade mais baixas.

As 12 empresas gastam, em conjunto, mais de 30 mil milhões de euros (6,01 mil milhões de contos) por ano em equipamentos, excluindo salários e combustível, de acordo com números apresentados pela ScottishPower. As «utilities» estão também em negociações com outras empresas para a expansão da Bolsa.

EDP contactada para se aliar à nova Bolsa

A Electricidade de Portugal (EDP), contactada pelo Canal de Negócios, confirmou que já foi contactada pelo consórcio para se aliar a este negócio.

«Foram efectuados contactos iniciais nesse sentido» revelou fonte da eléctrica nacional, acrescentando que se trata «de um bom negócio para a empresa». A mesma fonte não explicou o grau de envolvimento da empresa liderada por Mário Cristina de Sousa nesta aliança.

O conselho tarifário da Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE) aprovou a redução de 0,6% nas tarifas a praticar pela EDP durante o ano 2000. Em 1998, a ERSE reduziu as tarifas eléctricas em 6,4% de modo a alinhar com a média europeia, tendo provocado uma forte quebra nas cotações da EDP.

As outras empresas envolvidas na criação da Bolsa são: a Electricité de France, a RWE da Alemanha, a italiana Enel, a espanhola Iberdrola, a Electrabel da Bélgica, a United Utilities, a Northern Electric e o National Grid Group todas do Reino Unido, a Vattenfall da Suécia e a holandesa Nuon. A EDP tem participações cruzadas com a Iberdrola. No final do ano de 1999, a Iberdrola detia 4% da EDP enquanto a eléctrica nacional tinha 3% da distribuidora espanhola.

As empresas energéticas poderão fazer compras de equipamento necessário à actividade principal do seu negócio através de catálogos disponíveis no «site» da Bolsa a formar pelas empresas de distribuição de água e electricidade. Serão feitas depois licitações pelas «utilities» interessadas, em regime de leilão, para apurar o comprador de determinado bem.

O grupo de empresas envolvido na criação da Bolsa estima ter este mercado activo a partir do final do Verão e tem cerca de 60 dias para apresentar um plano do negócio.

Será criada uma empresa independente para controlar e gerir a Bolsa com as 12 empresas a deter cerca de 80% da nova entidade. O restante capital da nova empresa será detido por fornecedores, gestores da Bolsa, trabalhadores, consultores e parceiros da área tecnológica.

As acções da EDP encerraram hoje com um ganho de 0,27% para os 18,77 euros (3.763 escudos).

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