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Drones substituem fogo-de-artifício nos céus da China

Depois de a China ter proibido o fogo-de-artifício em mais de 400 cidades para reduzir a poluição, surgiu um novo entretenimento para preencher os céus: “enxames” de drones.

16 de Junho de 2018 às 19:00
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Espectáculos com mais de mil drones que compõem formas animadas em 3D estão a ser marcados para celebrações em todo o país. Entre as empresas que estão a lucrar com a tecnologia está a EHang, que foi contratada para várias apresentações e bateu o recorde do número de drones numa única exibição.

 

Os "enxames" de drones estrearam-se no palco global dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Fevereiro, quando a Intel usou mais de 1.200 drones que voaram em sintonia na forma de atletas.

 

Desde PyeongChang, tem aumentado o debate em torno dos drones, em especial devido ao seu potencial para aplicações militares. Por enquanto, o foco da EHang é o entretenimento. No dia 1 de Maio, uma apresentação ao vivo que decolou da antiga muralha da cidade de Xi’an, foi vista por mais de 100 mil pessoas e rendeu à empresa 10,5 milhões de yuan (cerca de 1,4 milhões de euros).

 

"Temos outras áreas de negócio, mas a apresentação dos enxames de drones foi o primeiro que monetizámos", disse o co-fundador da EHang, Derrick Xiong, acrescentando que a EHang também está a desenvolver drones de entregas. "É uma forma mais ecológica de fazer fogo-de-artifício".

 



Os enxames automatizados da start-up, que comunicam e se coordenam entre si, foram apresentados em quase uma dezena de cidades do país que inventou o fogo-de-artifício, com clientes como a Acura, uma divisão da Honda Motor, e as gigantes chinesas do sector da tecnologia JD.com e Baidu.

 

A apresentação em Xi’na, em que foram usadas mais de 1.300 unidades, bateu o recorde mundial da Intel de maior apresentação de drones, mas a empresa já está a preparar um espectáculo com mais de 1.500 drones por ocasião do seu 50º aniversário em Julho.

 

Fundada em 2014 por Xiong, que se formou na Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e pelo seu sócio Huazhi Hu, a EHang, com sede em Guangzhou, China, angariou 42 milhões de dólares numa ronda de financiamento no ano seguinte, com investidores como a GP Capital, a GGV Capital e o ZhenFund.

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