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Conselho de administração da Microsoft investigou relação extraconjugal entre Bill Gates e funcionária

A administração da Microsoft levou a cabo uma “investigação profunda” a uma relação extraconjugal entre Bill Gates e uma funcionária da tecnológica, que aconteceu há 20 anos. A empresa assegura que a saída de Gates do ‘board’, no ano passado, não está ligada à investigação.

Bloomberg
17 de Maio de 2021 às 12:12
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Uma "relação íntima" entre Bill Gates, o fundador da Microsoft, e uma empregada da empresa, no ano 2000, levou o conselho de administração da tecnológica a fazer uma "investigação profunda" a este envolvimento. A investigação foi feita quase duas décadas depois de a relação acontecer, já em 2019.

De acordo com um comunicado divulgado pela tecnológica norte-americana, a empresa "recebeu na segunda metade de 2019 um motivo de preocupação sobre como Bill Gates teria tentado iniciar uma relação íntima com uma funcionária da empresa no ano 2000". "Um comité do conselho de administração analisou a questão, auxiliado por uma empresa de advocacia externa para assegurar uma investigação profunda. Durante a investigação a Microsoft disponibilizou apoio a quem levantou a questão", é possível ler.

De acordo com a empresa, a investigação terá sido inconclusiva, já que Bill Gates decidiu sair do conselho de administração da empresa, em 2020, ainda antes de a investigação estar concluída. À agência Bloomberg, uma porta-voz de Bill Gates indicou que a saída do fundador da Microsoft do conselho de administração da empresa não foi motivada por esta investigação. A mesma pessoa esclareceu que a relação entre o filantropo e a trabalhadora da tecnológica aconteceu há 20 anos e "terminou de forma amigável".

A própria Microsoft não disponibilizou mais pormenores sobre a investigação em causa. Meios como a Dow Jones avançaram que alguns diretores da Microsoft terão considerado o envolvimento de Gates com a funcionária em questão inapropriado, tendo pressionado o fundador da empresa a sair do conselho de administração. À Bloomberg, a porta-voz de BIll Gates negou esta questão, sublinhando que a "decisão de transição para a saída do ‘board’ não está de forma alguma ligada à questão" da investigação.

A investigação foi iniciada em 2019, quase dois anos depois do início do movimento #MeToo nos Estados Unidos, movimento que terá motivado discussões em várias indústrias, a tecnológica incluída, sobre o tratamento conferido às mulheres, após virem a público relatos de situações de assédio.

O divórcio milionário dos Gates

Bill Gates e Melinda French Gates anunciaram no início deste mês o divórcio, pondo fim a um casamento de 27 anos. O casal frisou que, apesar de o casamento chegar ao fim, continuariam a colaborar na fundação Bill e Melinda Gates, fundada em 2000. É através desta fundação que os dois trabalham em várias causas sociais, do ambiente aos direitos humanos. É uma das maiores fundações a nível global, com mais de 1.600 trabalhadores e escritórios em vários países.

Após o anúncio do divórcio, o mundo ficou de olhos postos na fortuna do casal, à espera de saber como será dividida. Bill Gates é agora o quarto homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada de 144 mil milhões de dólares (dados do Billionaire Index da Bloomberg).

Na semana passada, através da companhia de investimento criada por Bill Gates, a Cascade Investment, Melinda French Gates recebeu uma nova transferência de ações da Deere & Co, elevando o bolo total que já recebeu desde o anúncio do divórcio para 3 mil milhões de dólares.

Desde que o divórcio foi anunciado têm vindo a público várias especulações sobre aquilo que terá motivado o fim do casamento. Vários meios internacionais reportaram que Melinda Gates teria levantado preocupações sobre as reuniões de Bill Gates com Jeffrey Epstein, condenado por abuso sexual de menores e tráfico sexual. Epstein morreu em agosto de 2019, na prisão. O Wall Street Journal escreveu ainda que as primeiras conversas sobre o divórcio teriam tido início em 2019, após virem a público as reuniões entre Gates e Epstein.

A porta-voz de Bill Gates negou à Bloomberg estas suspeitas, frisando que "os rumores e especulações à volta do divórcio dos Gates estão a tornar-se cada vez mais absurdas". Sobre as reuniões com Epstein, a mesma fonte refere que a "caracterização das reuniões com Epstein e outros como não ligadas a filantropia são incorretas".
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