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Co-fundador do Google está a construir um dirigível em segredo
Larry Page tem os seus carros voadores. Sergey Brin terá um dirigível.
Sergey Brin, co-fundador do Google, tem estado a construir secretamente um enorme dirigível dentro do Hangar 2 do Centro de Pesquisa Ames da Nasa, a agência espacial dos EUA, segundo quatro pessoas com conhecimento do projecto.
Não é claro se o veículo, que parece um Zeppelin, é um hobby ou algo que Brin espera transformar num negócio. "Desculpe, não tenho nada a dizer sobre esse assunto", respondeu Brin através de e-mail.
Pessoas com conhecimento do projecto disseram que Brin é fascinado por dirigíveis há muito tempo. O interesse dele nestes veículos começou quando Brin visitou o Ames, que fica ao lado da sede da empresa controladora do Google, a Alphabet, em Mountain View, Califórnia. Nos anos 1930, o Ames abrigava o USS Macon, um enorme dirigível construído pela Marinha dos EUA. Há cerca de três anos, Brin decidiu construir um por conta própria depois de ver fotos antigas do Macon.
Em 2015, a Planetary Ventures, uma unidade do Google, assumiu o controlo dos grandes hangares do Ames da Nasa e transformou-os em laboratórios da empresa. O dirigível de Brin, que não é um projecto da Alphabet, já está a ganhar forma dentro de um deles. Engenheiros construíram um esqueleto de metal do veículo, que ocupa boa parte do enorme hangar.
Alan Weston, ex-director de programas do NASA Ames, está a liderar o projecto do dirigível de Brin, segundo fontes, que pediram anonimato por estarem a falar sobre planos sigilosos. Weston não respondeu às questões colocadas.
Numa entrevista em 2013, Weston descreveu o seu plano de fabricar um dirigível que poderia ser usado para transportar cargas. A ideia é que os dirigíveis podem ter maior eficiência de combustível que os aviões e transportar cargas directamente para onde estas são necessárias, e não para centros de transporte como aeroportos ou estações de distribuição.
"As novas tecnologias de dirigíveis trazem a promessa de reduzir o custo para transportar coisas por tonelada-quilómetro em até uma ordem de magnitude", disse Weston na entrevista. "Depende do tamanho do dirigível. Um dirigível maior pode reduzir muito mais os custos que um menor, mas existe um design de uma classe de veículos capaz de levantar até 500 toneladas que poderia realmente ter maior eficiência de combustível até que um caminhão."
Weston descreveu um protótipo que estava a estudar de um dirigível baseado em hélio que parecia respirar. "A forma de funcionamento é que o hélio do compartimento principal é tomado e armazenado em bolsas dentro do dirigível a uma pressão ligeiramente maior, explicou. "Quando se faz isso, o ar é absorvido do exterior, essencialmente como pulmões ligados ao lado do veículo. Por isso a analogia da respiração é boa. E a elevação geral do veículo é equivalente ao peso do ar que está a ser deslocado pelo hélio. Quando mudamos isso, podemos controlar a capacidade de flutuação do veículo."
Esta técnica, segundo Weston, permitiria que o dirigível transportasse 500 toneladas sem necessidade de lastro. Após ser contactado para falar sobre o dirigível, Weston mudou o seu perfil no LinkedIn para actualizar o seu emprego actual como CEO da "Ltare". Posteriormente removeu a informação.
Page, o CEO da Alphabet e co-fundador do Google com Brin, financiou pelo menos dois projectos secretos de carros voadores - as startups Kitty Hawk e Zee.Aero, também fora da Alphabet. Page começou a revelar um desses esforços - na segunda-feira, a Kitty Hawk divulgou um vídeo onde mostra um dos seus veículos totalmente eléctricos a decolar e a voar sobre um lago com o motorista sobre ele.