Notícia
CEO da Activision poderá receber quase 400 milhões após venda da empresa à Microsoft
Bobby Kotick, o CEO da Activision Blizzard, poderá receber um montante de 400 milhões de dólares quando a Micosoft finalizar a compra da gigante de videojogos. O negócio foi anunciado esta semana e, com um valor de 68,7 mil milhões, poderá ser a maior aquisição já feita no setor da tecnologia.
A compra da Activision Blizzard pela Microsoft, uma operação anunciada esta terça-feira, poderá render ao CEO da empresa de videojogos um pagamento de 390 milhões de dólares (343,8 milhões de euros). As contas são feitas pela agência Reuters a partir da informação que consta do regulador norte-americano SEC. A agência nota ainda que a vasta maioria deste montante deverá surgir das 3,95 milhões de ações da companhia detidas por Kotick.
De acordo com o anúncio feito pela Microsoft, a tecnológica de Redmond está disposta a pagar 95 dólares por ação, numa operação ‘all-cash’ que rondará os 68,7 mil milhões de dólares. Tendo em conta a cotação média dos títulos da Activision, que ronda os 73,6 dólares, a oferta da Microsoft está vários furos acima. Quando estiver concluída, a passagem da empresa responsável por franquias como ‘Call of Duty’ ou ‘Overwatch’ poderá recompensar de forma generosa o executivo de 58 anos.
O CEO da Activision Blizzard tem estado no centro de uma polémica, tendo em conta que a empresa tem enfrentado acusações e processos sobre como tem lidado com a questão do assédio sexual no ambiente de trabalho. No ano passado, o estado da Califórnia processou a Activision Blizzard, com base numa série de acusações sobre discriminação de género e e ainda violações às regras sobre igualdade de pagamento entre géneros. No processo, a acusação apontava o dedo à empresa, alegando que tinha sido criada uma "cultura de um local de trabalho baseado numa fraternidade", que estava a "ser um campo fértil para assédio e discriminação contra as mulheres".
Na altura, em julho do ano passado, cerca de 2.600 trabalhadores da empresa assinaram uma carta em que criticaram de forma pública a resposta dada pela empresa ao processo. O caso teve reflexo nas ações da empresa, que chegaram a cair 9%, retirando cerca de 7,7 mil milhões do valor de mercado da empresa.
A confirmar-se então estes 390 milhões de dólares que Kotick poderá receber, trata-se de uma avultada diferença face à redução salarial que o gestor pediu no ano passado, tendo em conta o escândalo em que a empresa esteve envolvida. O gestor pediu, então, uma redução de 99,9% para a compensação que deveria receber. Em 2020 terá arrecadado 155 milhões de dólares e, no ano passado, um valor anual de compensação de 62.500 dólares - o valor mínimo por lei ao abrigo das regras do estado da Califórnia. O salário de Kotick deverá também ter sido reduzido em metade.
De acordo com a imprensa internacional, Kotick, que lidera a Activision desde 1991, deverá abandonar o cargo quando a aquisição estará concluída, algures em 2023. A informação é avançada por uma fonte próxima do assunto.
Caso se mantenha no cargo, segundo a organização de hierarquia detalhada pela Microsoft, Bobby Kotick teria de responder a Phil Spencer, o nome forte da estratégia da Microsoft para o mundo dos jogos.
Ações da Sony a recuperar
Enquanto o anúncio da compra teve um efeito de "disparo" nas ações da Activision Blizzard, que chegaram a subir 30% na terça-feira, horas após o comunicado da Microsoft, as ações de uma empresa em particular reagiram em baixa: a nipónica Sony.
Com a passagem para o universo da Microsoft, as franquias de sucesso da Activision Blizzard ganham espaço junto da dona da Xbox - e rival da Sony. No dia a seguir ao anúncio da aquisição, as ações da Sony, dona da PlayStation, afundaram 12,79% em Tóquio - a maior queda diária desde a crise financeira global, nota o Financial Times. Num dia, a empresa viu o valor em bolsa recuar em 20 mil milhões de dólares.
Mas, ao longo das últimas sessões, os títulos da Sony iniciaram um movimento de recuperação. Esta quinta-feira, valorizaram 5,84% para 13,135 ienes por ação.
De acordo com o anúncio feito pela Microsoft, a tecnológica de Redmond está disposta a pagar 95 dólares por ação, numa operação ‘all-cash’ que rondará os 68,7 mil milhões de dólares. Tendo em conta a cotação média dos títulos da Activision, que ronda os 73,6 dólares, a oferta da Microsoft está vários furos acima. Quando estiver concluída, a passagem da empresa responsável por franquias como ‘Call of Duty’ ou ‘Overwatch’ poderá recompensar de forma generosa o executivo de 58 anos.
Na altura, em julho do ano passado, cerca de 2.600 trabalhadores da empresa assinaram uma carta em que criticaram de forma pública a resposta dada pela empresa ao processo. O caso teve reflexo nas ações da empresa, que chegaram a cair 9%, retirando cerca de 7,7 mil milhões do valor de mercado da empresa.
A confirmar-se então estes 390 milhões de dólares que Kotick poderá receber, trata-se de uma avultada diferença face à redução salarial que o gestor pediu no ano passado, tendo em conta o escândalo em que a empresa esteve envolvida. O gestor pediu, então, uma redução de 99,9% para a compensação que deveria receber. Em 2020 terá arrecadado 155 milhões de dólares e, no ano passado, um valor anual de compensação de 62.500 dólares - o valor mínimo por lei ao abrigo das regras do estado da Califórnia. O salário de Kotick deverá também ter sido reduzido em metade.
De acordo com a imprensa internacional, Kotick, que lidera a Activision desde 1991, deverá abandonar o cargo quando a aquisição estará concluída, algures em 2023. A informação é avançada por uma fonte próxima do assunto.
Caso se mantenha no cargo, segundo a organização de hierarquia detalhada pela Microsoft, Bobby Kotick teria de responder a Phil Spencer, o nome forte da estratégia da Microsoft para o mundo dos jogos.
Ações da Sony a recuperar
Enquanto o anúncio da compra teve um efeito de "disparo" nas ações da Activision Blizzard, que chegaram a subir 30% na terça-feira, horas após o comunicado da Microsoft, as ações de uma empresa em particular reagiram em baixa: a nipónica Sony.
Com a passagem para o universo da Microsoft, as franquias de sucesso da Activision Blizzard ganham espaço junto da dona da Xbox - e rival da Sony. No dia a seguir ao anúncio da aquisição, as ações da Sony, dona da PlayStation, afundaram 12,79% em Tóquio - a maior queda diária desde a crise financeira global, nota o Financial Times. Num dia, a empresa viu o valor em bolsa recuar em 20 mil milhões de dólares.
Mas, ao longo das últimas sessões, os títulos da Sony iniciaram um movimento de recuperação. Esta quinta-feira, valorizaram 5,84% para 13,135 ienes por ação.