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ByteDance rejeita oferta da Microsoft para comprar TikTok. Oracle vence corrida à 'app' chinesa

A chinesa ByteDance, que tem até 15 de setembro para vender o negócio da TikTok nos Estados Unidos, rejeitou a oferta da Microsoft, que, em parceria com a Walmart, preendia ficar com as operações da ‘app’ no país. A Dow Jones Newswires avança que a Oracle é a escolhida.

14 de Setembro de 2020 às 00:40
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A ByteDance, dona da TikTok, rejeitou a oferta de compra das operações da app nos Estados Unidos que foi lançada conjuntamente pela Microsoft e pela Walmart.

 

"A ByteDance comunicou-nos hoje que não vai vender o seu negócio nos EUA à Microsoft", anunciou a tecnológica em comunicado citado pela Bloomberg.

 

"Estamos convictos de que a nossa proposta teria sido boa para os utilizadores da TikTok, ao mesmo tempo que proetegeria os interesses de segurança nacional", acrescentou a empresa sediada em Redmont (Washington).

 

A Microsoft, que se aliou à Walmart nesta oferta de compra, chegou a ser vista como a vencedora mais provável neste processo, mas as conversações acabaram por não chegar a bom porto, comentou à Bloomberg uma fonte próxima das negociações.

 

Não foi pedido à Microsoft que revisse a sua oferta, atendendo aos recentes sinais de oposição a um acordo dados por responsáveis do governo chinês, referiu a mesma fonte.

 

Este revés para a Microsoft levou a que se visse maiores probabilidades à Oracle, que é a outra interessada na compra da aplicação chinesa de vídeos de curta duração. E a confirmação não demorou. Segundo a Dow Jones Newswires, a Oracle é mesmo a vencedora.

 

Recorde-se que neste domingo, 13 de setembro, foi também avançado que a ByteDance decidiu que não vai vender nem transferir o algoritmo subjacente à aplicação chinesa de vídeos de curta duração, seja numa operação de venda ou de desinvestimento.

 

A empresa chinesa não fornecerá o código-fonte da plataforma, mas a equipa responsável pela tecnologia de base da aplicação nos EUA poderá desenvolver um novo algoritmo, salientou o South China Morning Post, citado pela Bloomberg.

 

De acordo com a fonte do jornal chinês, esta será uma condição para a venda das operações da TikTok nos EUA.

 

Donald Trump afirmou na quinta-feira passada que não alargaria o prazo de 15 de setembro para a ByteDance vender o negócio da TikTok nos Estados Unidos. "Ou acabarmos com a TikTok neste país, por razões de segurança, ou terá de ser vendida", declarou o presidente norte-americano.

 

Recorde-se que, no passado dia 3 de agosto, Trump declarou que a app chinesa de partilha de vídeos deixaria de funcionarnos Estados Unidos se não fosse vendida a uma empresa norte-americana até 15 de setembro

 

Nos últimos tempos, os decisores políticos norte-americanos têm vindo a manifestar receios relativamente à app, com muitos deles a dizerem que poderá colocar riscos em matéria de segurança nacional, devido aos dados que podem passar para a China e à propaganda que pode chegar em sentido contrário.

  

Segundo o secretário de Estado, Mike Pompeo, receia-se que haja tecnológicas chinesas com presença nos EUA a fornecer dados às autoridades de Pequim. 

 

No início deste mês, o The Wall Street Journal referia, citado pela Lusa, que as negociações para a venda das operações da TikTok nos Estados Unidos se tinham complicado devido à questão de saber se os algoritmos centrais da aplicação poderiam ser incluídos no negócio. Estes algoritmos decidem que vídeos os utilizadores veem sem primeiro lhes requererem que sigam outros utilizadores ou que especifiquem as suas preferências.

Segundo o jornal norte-americano, os algoritmos estavam integrados no negócio até 28 de agosto altura em que o governo chinês introduziu restrições à exportação da tecnologia de inteligência artificial, como a que alimenta a TikTok.

A decisão chinesa seguiu-se aos esforços de Trump no sentido de forçar a venda da TikTok nos EUA, onde a aplicação conta com 100 milhões de utilizadores.

Essas restrições às exportações significam que a ByteDance terá de obter uma licença para exportar qualquer tecnologia restrita para uma empresa estrangeira. A questão é saber se os seus algoritmos precisam da aprovação do governo chinês para serem transferidos e, se assim for, se Pequim autorizará a transferência, sublinhava a Lusa. Agora, segundo o South China Morning Post, o algoritmo de base estará mesmo de fora.

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