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Bruxelas anuncia investigação ao serviço de classificados do Facebook

A Comissão Europeia vai investigar o Facebook, com o objetivo de perceber se a quantidade de dados recolhida através de anunciantes infringiu as regras da concorrência na área dos classificados.

04 de Junho de 2021 às 11:15
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O Facebook está na mira de Bruxelas, com a Comissão Europeia a anunciar o arranque de uma investigação à rede social criada por Mark Zuckerberg. Margrethe Vestager, a vice-presidente da Comissão Europeia encarregue da pasta da Concorrência, detalhou que o bloco pretende perceber se o Facebook infringiu as regras da concorrência, nomeadamente através da ligação do Marketplace, a área de classificados, à própria rede social.

Esta é a primeira vez em que a análise feita pela Comissão Europeia ao Facebook resulta na abertura de uma investigação formal ao negócio da empresa.

"O Facebook é usado por quase 3 mil milhões de pessoas numa base mensal e quase 7 milhões de empresas anunciam no Facebook. O Facebook recolhe uma vasta quantidade de dados sobre as atividades dos utilizadores na rede social e mais além, permitindo atingir grupos específicos de consumidores", aponta Vestager. "Vamos analisar em detalhe se estes dados dão uma vantagem competitiva ao Facebook na área dos anúncios classificados online, onde as pessoas compram e vendem produtos todos os dias, e se o Facebook também está a competir com as empresas de quem recolhe dados."

Para Vestager, que já aplicou multas milionárias a outras big tech, como a Google ou à Apple, "na economia digital de hoje os dados não devem ser usados para distorcer a concorrência". 

O Marketplace foi lançado pela empresa em 2016, permitindo a qualquer utilizador da rede social comprar ou vender produtos através de uma área de classificados. Os anúncios são gratuitos. 

Caso a Comissão Europeia chegue à conclusão de que a rede social infringiu as regras, a empresa poderá enfrentar coimas. 

Além da investigação aberta por Bruxelas, também o regulador da concorrência do Reino Unido, a CMA, deu início a uma investigação ao uso que a rede social faz dos dados recolhidos.

De acordo com a Bloomberg, o Facebook diz estar disponível para "continuar a cooperar totalmente com as investigações para demonstrar que estas não têm mérito". "Estamos sempre a desenvolver novos e melhores serviços que vão ao encontro da procura evolutiva das pessoas que usam o Facebook."

(Notícia atualizada)
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