A aplicação Alemarah, desenvolvida para o grupo extremista talibã, foi removida da loja online da Google pela própria tecnológica, avança esta segunda-feira, 4 de Abril, o jornal The Guardian. Esta aplicação permitia que os utilizadores acedessem à página do grupo e era uma das peças da campanha digital do movimento fundamentalista.

Apenas dois dias depois de a aplicação ter sido sinalizada, a Google apressou-se a eliminá-la da plataforma Google Play, onde são disponibilizadas para descarga as aplicações da empresa. O conteúdo da aplicação incluía comunicados oficiais, informações e vídeos do grupo.

O Guardian escreve que os talibã têm vindo a tomar como exemplo o modo de recrutamento do Estado Islâmico e estão a reforçar a sua presença online. O site daquele movimento está agora disponível em cinco idiomas, incluindo o inglês, e mantém uma presença constante no Twitter e no Facebook, apesar de as redes sociais estarem a tentar bloquear a conta dos grupos extremistas.

O facto de a aplicação ter estado no Google Play pode ser problemático para a Google. A empresa norte-americana, que no passado deixava disponíveis todas as aplicações só eliminando mais tarde as perigosas, tinha vindo nos últimos meses a moderar previamente a disponibilização daquele software de forma a "apanhar os infractores logo no início". É assim difícil perceber como é que os talibã conseguiram que a sua aplicação contornasse este filtro.

"Não fazemos comentários sobre aplicações específicas, mas podemos confirmar que removemos aplicações do Google Play que violem as nossas regras", disse a Google ao Guardian.