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"Amigos" do Facebook vêem anúncios como notícias

Rede social vai "atacar" o top 20 dos anunciantes em Portugal para duplicar as receitas no mercado.

Cátia Barbosa/Negócios
27 de Junho de 2013 às 00:04
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O Facebook tem em Portugal mais de quatro milhões de "amigos". Com este mercado, mesmo que pequeno comparado com outros, a rede social norte-americana está aos poucos a reforçar o seu investimento no País.

A contratação de Paulo Barreto é a confirmação disso. O ex-director geral do Google Portugal está agora a liderar as operações portuguesas do Facebook. O gestor admitiu que não está previsto criar, para já, uma equipa no mercado nacional, mas quer "atacar" o top 20 dos anunciantes para duplicar as receitas. Os anúncios no "feed" (actualizações) de notícias dos utilizadores do Facebook são uma das grandes apostas.

"Queremos apoiar as empresas portuguesas a atingir os seus objectivos de marketing". Foi assim que Paulo Barreto começou a sua primeira apresentação à imprensa. O director-geral do Facebook em Portugal é firme em dizer que todas as empresas que quiserem estar presentes nesta rede social, têm que ter os seus objectivos de marketing muito bem definidos. "Há uma obsessão pelo número de fãs e é algo que eu estou a fazer que mude, porque isso é só um meio", acrescentou, em conferência de imprensa.

A estratégia do Facebook em Portugal é, para já, "evangelizar" o top 20 de anunciantes. Paulo Barreto está a trabalhar com as agências de meios, mas também directamente com empresas. "Temos objectivos e números bastante exigentes", garantiu. Isso significa duplicar as receitas geradas em Portugal? "Quase", respondeu o responsável, sem detalhar.

Quanto às pequenas e médias empresas, essas "poderão continuar a fazer os seus anúncios de forma autónoma", contando com uma equipa de apoio a partir de Dublin, na Irlanda.

No que concerne à concorrência do Google, em termos de publicidade, Paulo Barreto diz que as duas empresas são complementares. "O Facebook é muito forte na segmentação, o Google é já para outra fase do processo", explicou.

"Ando a evangelizar para que algum investimento que está noutros meios passe para este gigante", disse Paulo Barreto. Para isso, o Facebook investiu na "simplificação" da sua publicidade. Colocar anúncios no local das notícias que chegam a cada "amigo" do Facebook tem transformado esta rede social. O director-geral referiu que o objectivo é que "o Facebook se torne complementar à televisão".

Soluções como a "mobile app install", onde a empresa poderá sugerir que o fã descarregue a sua aplicação, ou o Facebook "offers", onde disponibiliza uma oferta, são algumas das apostas desta rede social. Em Portugal, esta última ainda não foi utilizada por nenhuma empresa, mas Paulo Barreto assegura que "80% daqueles que clicam nas ofertas não são fãs das páginas das empresas, o que aumenta o público alvo".

 

Outro dos argumentos do Facebook para apelar a que as empresas invistam na rede social é o facto de, em média, apenas 16% dos fãs verem os "posts" das empresas. E para valorizar a localização da publicação, as empresas têm que pagar. "É preciso pagar para chegar à totalidade da população do Facebook", conclui.

Em 2012, já 30% das receitas geradas no Facebook eram realizadas através de dispositivos móveis, enquanto há um ano essa percentagem não passava dos 7%.

 
Um milhão de clientes para os seus anúncios

Em 2004, quando Mark Zuckerberg pôs online o Facebook, estaria longe de imaginar que esta rede social se tornaria numa máquina de fazer dinheiro. Nove anos depois, o Facebook conta com mil milhões de utilizadores activos, dos quais 750 milhões acedem à rede social através do telemóvel. Quanto a clientes que anunciam nesta plataforma, os últimos números de Outubro de 2012 apontavam para um milhão, a nível global.

 

Com estes números, o Facebook tem aumentado o número de ferramentas que tem disponibilizado às empresas para que estas possam anunciar na rede social. A publicidade surge no Facebook quer da forma mais habitual, na parte lateral da página da Internet, ou mais recentemente, no próprio feed de notícias de cada membro.

Nos últimos anos multiplicam-se as empresas que criaram as suas páginas de fãs, interagindo de forma directa com os clientes.

 

Em Portugal, a Nike Football Portugal e os clubes de futebol Benfica e Porto estão no top das marcas com mais números de fãs, com mais de um milhão de seguidores, cada um, segundo o FbRank.pt. Já no Socialbakers, a estatística de Portugal coloca a TMN como principal marca, com 788,5 mil fãs, dos quais 713,3 mil são locais, seguindo-se a Vodafone Portugal e a Samsung Portugal.

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