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Administradores financeiros das TMT apostam na disciplina fiscal em 2002
As empresas de telecomunicações, media, entretenimento e tecnologias «enfrentam um difícil paradoxo de negócio» em 2002, tendo de apostar na disciplina fiscal face à escassez de capital, avança o estudo efectuado pela Cap Gemini Ernst Young.
O estudo denominado «Business Redefined: Generating Returns» revelou que a conjuntura deve-se a uma escassez de capital e outras limitações significativas de carácter financeiro. Desta forma o «free cash flow» passa a ser o novo «motor de mudança».
Os administradores financeiros tornar-se-ão mais críticos e envolvidos nos negócios polarizando os investimentos, centralizando-se na infra-estrutura ou no cliente.
«Confrontados com um retrocesso financeiro resultante do optimismo sem precedentes e do consumo excessivo da parte dos investidores no final dos anos 90 e princípios de 2000», o estudo revela que «estes executivos (financeiros) têm agora de agir com a máxima cautela, uma vez que procuram fazer face aos desafios da convergência contínua da indústria e à transformação tecnológica sem o benefício do financiamento adicional exterior».
José Gonzaga Rosa, «partner» da Ernst Young, referiu em comunicado que «as empresas terão de agir com extremo cuidado e simultaneamente, ter uma perspectiva realista da evolução dos respectivos mercados».
Os investidores e gestores de empresa «perderam de vista as realidades fiscais e essenciais de mercado», segundo dados das empresas.
Os investimentos feitos por sociedades americanas de capital de risco nestas áreas aumentaram cerca de cinco vezes mais entre 1998 e 2000 para mais de 100 mil milhões de dólares (116,55 mil milhões de euros).
A Alemanha gastou 46 mil milhões de dólares (53,61 mil milhões de euros) em licenças de UMTS, enquanto no Reino Unido o valor ascendeu aos 32 mil milhões de dólares (37,30 mil milhões de euros).
As empresas de media e entretenimento aumentaram as suas dívidas com fusões e aquisições.
O mesmo estudo demonstrou que a redução de despesas nem sempre é positivo, uma vez que «um corte sistemático de custos pode frequentemente pôr em risco a capacidade de uma organização crescer de forma lucrativa, o que é uma medida substantiva de valor empresarial».