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Ações do Twitter sobem após plano de defesa da administração da rede social

As ações do Twitter estão a valorizar esta segunda-feira depois de ser conhecido que o conselho de administração da rede social optou por uma “poison pill” para se defender da oferta hostil lançada por Elon Musk.

Reuters
18 de Abril de 2022 às 18:22
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As ações da rede social Twitter estão a valorizar mais de 3% na sessão desta segunda-feira, depois de a empresa comunicar ao mercado que delineou uma estratégia conhecida como "poison pill". De acordo com a informação enviada à SEC, o regulador do mercado norte-americano, com este plano a empresa pode emitir novas ações que qualquer acionista pode comprar a preço de desconto - à exceção de Elon Musk. 


Este plano determina uma "severa punição" para qualquer pessoa ou entidade que adquira mais de 15% da empresa sem a aprovação da administração. Neste momento, Elon Musk já detém 9,2% do Twitter, com esta informação sobre a aquisição divulgada ao mercado no dia 4 de abril. 


"O plano de direitos não impede que o conselho se envolva com as partes ou aceite uma proposta de aquisição se o acreditar que é do melhor interesse do Twitter e dos seus acionistas", afirmou a empresa, na passada sexta-feira, dia 15. Fontes próximas do processo indicaram à Bloomberg que esta seria uma forma de a rede social ganhar tempo para decidir o que fazer em relação à proposta de Musk.


Já esta segunda-feira, em comunicação ao mercado, era explicado que a "administração adotou o acordo de direitos para proteger os acionistas contra táticas coercivas ou injustas de aquisição."


Mas, de acordo com a Bloomberg, poderá não ser apenas Elon Musk interessado no Twitter. Na passada quinta-feira, o dono da SpaceX e da Tesla ofereceu 54,2 dólares por ação, o que rondaria uma operação total de 43 mil milhões de dólares. Citando uma fonte com conhecimento do tema, também a empresa de "private equity" Thoma Bravo estará a "rondar" o Twitter. 


No próprio dia em que Elon Musk anunciou esta oferta hostil, referiu numa Ted Talk em Vancouver que não tinha assim tanta certeza sobre ter capacidade para assegurar esta operação. Afinal, mesmo sendo o homem mais rico do mundo, de acordo com a lista de multimilionários da Bloomberg, a fatia de leão da fortuna de Musk está nas ações da Tesla. 


Ora, ao fazer uma oferta de 54,2 dólares por ação do Twitter, em "cash", Musk precisaria de caminhos alternativos para alcançar o montante total para a compra. De acordo com os analistas, o caminho poderá passar pela venda de ações da Tesla ou por outros caminhos - nomeadamente firmando parcerias. 


A Bloomberg aponta que Larry Ellison, o co-fundador da tecnológica norte-americana Oracle, poderia ser um parceiro para esta aquisição. Ellison tem alguma proximidade a Musk, uma vez que integra a administração da Tesla, e também já demonstrou apetite pelo mercado das redes sociais. Em 2020, quando Donald Trump assinou uma ordem executiva que obrigava à venda da operação do TikTok nos Estados Unidos, motivada por "questões de segurança", a Oracle foi a empresa escolhida para ser o "parceiro tecnológico de confiança".  


Outra alternativa para uma possível parceria poderia passar pela Silver Lake, empresa que já tem também uma participação no Twitter. No entanto, o interesse da companhia pelo Twitter é mais difícil de apurar, nota a Bloomberg.


Fundador do Twitter junta-se à conversa

Jack Dorsey, fundador do Twitter e CEO da empresa até novembro do ano passado, tem também utilizado a rede social para alguns comentários sobre a oferta de Musk. 


Este domingo, naquela que foi a primeira mensagem sobre este assunto, Dorsey criticou a resposta da administração da empresa. Em resposta a uma série de tweets sobre o assunto, onde eram apontados "conspirações e golpes", escreveu que "de forma consistente isso foi a disfunção da empresa". 



Questionado sobre se Dorsey, que fundou a empresa, podia dizer isto em público, respondeu apenas "não". 

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