A start-up portuguesa Horizontal Cities, anteriormente denominada de Lisboa Horizontal, foi premiada pela Agência Espacial Europeia. De acordo com o comunicado enviado às redacções, venceu o Space Business Idea Challenge, um evento do programa Advanced Research in Telecommunications Systems da Agência Espacial. Entretanto, estão "já acordadas" colaborações futuras entre a empresa e instituição internacional.

"Incubada no pólo de Lisboa do Vodafone Power Lab, a ideia evoluiu da cidade de Lisboa para uma abordagem mais global, passando então de Lisboa Horizontal para Horizontal Cities. Actualmente, a start-up portuguesa já tem 17% do mundo mapeado, usando os modelos topográficos das metrópoles", refere o comunicado.

A aplicação deverá chegar ao mercado em breve e o lançamento deve ocorrer em "mais do que uma cidade europeia, contribuindo dessa forma para que qualquer pessoa possa substituir os transportes tradicionais pela bicicleta nas suas deslocações do dia-a-dia ou de lazer".

Em Julho do ano passado, os fundadores da à época Lisboa Horizontal contavam ao Negócios que 63% das ruas da cidade são planas e que o objectivo da aplicação que desenvolveram era colocar mais pessoas a andar de bicicleta na capital portuguesa.

"A ideia foi do nosso colega, o Kobe Vanhaeren. É belga e veio viver para Lisboa, trazendo a sua bicicleta e usando-a no seu dia-a-dia. Achava estranho que as pessoas não andassem de bicicleta e acreditava que a cidade não era tão inclinada como diziam. Foi verificar a cartografia de Lisboa, através de sistemas de informação geográfica, e criou um modelo tridimensional (3D) da cidade em que cruzou essa cartografia oficial com as vias clicáveis. Concluiu que 63% de Lisboa é plana - ou seja, tem uma inclinação até 4%", contava na altura Pedro Simões Fernandes (na foto), co-fundador desta start-up.

Naquela época, os fundadores admitiam que estavam a estudar a entrada em outras cidades nacionais e internacionais.