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Job Deploy, a plataforma que quer contratação justa no universo das tecnologias de informação

A Job Deploy tem uma plataforma que quer que a contratação na área das tecnologias de informação seja clara. Quando uma proposta de trabalho, em regime de outsourcing, chega às mãos de um consultor é acompanhada de uma simulação em que consta nomeadamente o salário bruto, os encargos e o salário líquido.

Tiago Catarino é um dos fundadores da Job Deploy e Fábio Vasconcelos uma das pessoas contratadas através desta plataforma Miguel Baltazar
13 de Fevereiro de 2018 às 15:00
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Com formação em engenharia biomédica, Fábio Vasconcelos conseguiu, antes de terminar o curso, emprego numa consultora que presta serviços na área tecnológica e rapidamente passou para o cliente, uma operadora de telecomunicações nacional. Depois de dois anos nessa função, nem tudo ia sobre rodas. "Comecei a adquirir o conhecimento do negócio, o cliente gostava do meu trabalho, mas eu não estava feliz. A avaliação não dependia apenas do meu desempenho. Não estava a ser devidamente recompensado", conta ao Negócios Fábio Vasconcelos.

Fábio decidiu despedir-se. Apresentou a carta de demissão ao seu empregador, a consultora que disponibiliza especialistas para trabalhar em outsourcing junto de outras firmas, e "disse ao cliente que me ia embora". "Expliquei os meus motivos, ao que eles me disseram – alguns dias depois - que gostavam que ficasse com eles". Para isso, apresentaram algumas opções.

Entre essas soluções estava a plataforma Job Deploy, definida por Tiago Catarino como "a única plataforma no mundo que permite contratar pessoas directamente". Como vários anos de experiência na área de outsourcing, Tiago Catarino, um dos fundadores e CEO desta start-up (que tem o mesmo nome que a plataforma) percebeu que era necessário dar resposta a uma lacuna do mercado.

"O facto de ter acumulado anos de experiência, e de ter falado com muitos clientes e consultores, permitiu-me perceber que o mercado está desequilibrado e, acima de tudo, estava muito desequilibrado para o consultor. O que acontecia é que as empresas clientes procuravam empresas prestadoras de serviços de outsourcing. Precisavam de alguém que fosse lá colocar pessoas para [por exemplo] programar mas nunca contratando".

A empresa cliente paga à prestadora de serviços um determinante montante mensal e todas as responsabilidades – fiscais, socais e salariais – relativas ao consultor são da firma que presta o serviço o que acaba por gerar alguns focos de descontentamento. Através desta plataforma, o intermediário é eliminado e o processo é, dizem, mais claro. "Um cliente final lança um serviço de desenvolvimento de software, vamos supor, e com esse serviço identifica x pessoas que quer que prestem esse serviço", explica Tiago Catarino.

Os especialistas da área tecnológica que foram identificadas pelo cliente recebem um convite "através da Job Deploy e poderão ir prestar um serviço ao cliente final, que está disponível para pagar x euros". A pessoa que é identificada recebe logo uma simulação com todos os valores, desde a comissão da start-up - que é sempre de 10% sobre o valor total - até qual o valor do salário bruto e líquido, dos encargos fiscais e socais tanto seus como da companhia.

"Essa pessoa recebe um pedido de adesão, para um determinado serviço, por um determinado ordenado bruto, e é aqui surgem os nossos princípios de ‘fair contracting’, onde há transparência e todas as partes sabem quanto é que estão a pagar e quanto é que estão a receber; todos os princípios de transparência fiscal – nós apresentamos logo uma simulação; o colaborador e o cliente sabem quanto é que vão ser os impostos que as pessoas vão pagar", aponta o CEO.

A pessoa que aceitou a proposta faz um contrato com a Job Deploy para executar determinado projecto para empresa cliente, de acordo com os valores previsto na simulação. Findo o projecto, o contrato termina.

"Nunca há recibos verdes na plataforma. Tudo contrato de trabalho. Isso é também uma garantia que damos sempre aos clientes finais. A partir do momento em que uma pessoa recebe um convite e que aceita as condições que estão declaradas, submete o seu trabalho automaticamente na plataforma, faz o download do contrato de trabalho, submete, existe uma data que está prevista para o início do serviço e a pessoa começa. Temos o processo todo de automação, de inscrição na segurança social, todos os órgãos económicos e sociais", remata Tiago Catarino.

Nesta plataforma, como é muito frequente no mundo das tecnologias, o recrutamento surge muito por referenciação. Ainda assim, qualquer consultor pode inscrever-se.

A Job Deploy está a operar no mercado português e que escalar fronteiras ainda este ano para, possivelmente, mercados europeus e maduros.

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