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Portugal entre os 30 países mais inovadores mas atrás dos gigantes europeus

Na lista dos 50 países mais inovadores do mundo para a Bloomberg houve algumas surpresas: os EUA deixam de estar no leque dos dez países mais inovadores, a China sobe duas posições e Singapura galga três posições e é terceiro entre os mais inovadores. Portugal ocupa a 30ª posição da tabela, logo atrás de Espanha.

Ana Laranjeiro alaranjeiro@negocios.pt 23 de Janeiro de 2018 às 12:47

Na lista dos países mais inovadores, realizada pela Bloomberg, Portugal ocupa o 30º lugar, o que representa uma subida de uma posição face ao ranking de 2017. Foram avaliados sete critérios: densidade da pesquisa e desenvolvimento, valor acrescentado da indústria, produtividade, densidade de alta tecnologia, eficiência terciária, concentração de investigadores e actividade de patentes.

No caso de Portugal, as pontuações mais elevadas foram obtidas nas áreas de densidade de alta tecnologia e na área das patentes. Os dados relativos a 2017 não foram ainda divulgados, mas nos anos anteriores a inscrição de patentes por parte de portugueses tinha crescido.

Em Março do ano passado foi revelado que, as empresas e instituições de ensino nacionais efectuaram, em 2016, junto do Instituto Europeu de Patentes (IEP) 153 pedidos de registos de patentes. Este número foi um recorde e mostra que a tendência de crescimento registada, pelo menos, desde 2012 mantém-se. Face a 2015, este número reflecte um crescimento de 8,5%.

Portugal está um lugar abaixo da Espanha, que ocupa a 29ª posição. Mas, ainda assim, melhor classificado que países como a Grécia, Luxemburgo, Turquia, Estónia, Hong Kong, Eslováquia e Malta.



A lista dos mais inovadores, tal como no ano passado, é liderada pela Coreia do Sul, com a Suécia a seguir-lhe de perto novamente. A Bloomberg indica ainda que o país com a capital em Seul é, pela quinta vez, o primeiro classificado desta lista. A Samsung, a empresa mais valiosa do país em termos de capitalização bolsista, aponta a agência, obteve mais patentes norte-americanas desde a década de 2000 do que qualquer outra empresa, com excepção para a International Business Machines (IBM).

Na terceira posição do ranking há também uma das surpresas do ano: o lugar é ocupado por Singapura, que subiu três posições. Yeo Kiat Seng, professor na Singapore University of Technology and Design, em declarações à Bloomberg disse que "Singapura sempre colocou um forte foco na educação da sua população, em especial em disciplinas como ciências, tecnologia, engenharia e matemática".

A Alemanha desceu uma posição face ao ano passado e ocupa o quarto lugar. A Suíça desceu também um nível para o quinto lugar. O Japão, a Finlândia, a Dinamarca, a França e Israel, respectivamente, são os restantes ocupantes do top dez da lista dos 50 países mais inovadores para a agência.

Na décima primeira posição está outra das surpresas do ranking. Os Estados Unidos da América desceram duas posições e ficaram assim no décimo primeiro lugar. Robert D. Atkinson, presidente the Information Technology & Innovation Foundation, disse à Bloomberg que "não encontra dados que sugiram que esta tendência [de descida] não vá continuar".

"Outros países responderam com políticas para a inovação bem financiadas e inteligentes, como melhores incentivos fiscais para a pesquisa e desenvolvimento, mais financiamento governamental para a investigação e mais incentivos para a comercialização de tecnologia".

A China, a segunda maior economia do mundo, surge no 19º lugar, o que representa uma subida de duas posições face ao ranking do ano passado. A subida desta economia deve-se nomeadamente à sua elevada proporção de licenciados nas áreas de ciências e engenharias e no crescente número de patentes que os inovadores do país estão a conseguir. Prinn Panitchpakdi, da CLSA Thailand, disse à Bloomberg que "um traço comum entre os EUA, a Coreia do Sul e a China é que as pessoas aceitam o falhanço como parte do processo".

"Os desfasamentos na inovação têm lugar em países onde a cultura enfatiza a necessidade de evitar riscos e onde a pesquisa e o desenvolvimento é vista apenas como uma despesa, não um investimento. Essa é a mentalidade na Tailândia", acrescentou citado pela Bloomberg.

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