Entre os muitos anos de existência que a Adega Cooperativa do Cartaxo acumula, os desafios enfrentados nem sempre foram fáceis de superar. A determinada altura, a Adega padeceu de alguma falta de capacidade de renovação das vinhas, nota José Barroso. "Precisávamos de produzir vinhos mais adequados à realidade. No momento em que apostámos na implementação de novas variedades, reconvertendo as nossas políticas, a partir daí passámos a conseguir acompanhar as outras empresas e cooperativas, no que diz respeito à qualidade dos vinhos".
Para o secretário de direcção, um dos maiores problemas das cooperativas tem a ver com a falta de definição estratégica a longo prazo. "Quando entram novas direcções normalmente acontecem rupturas com o passado, em vez de se aproveitar o foi feito de bom". O responsável aconselha por isso à adopção de uma política de continuidade, estratégia que só beneficia a relação com os parceiros de negócio. "Existem algumas cooperativas que não são muito bem geridas e depois aportam mau nome ao sector".
Com isso José Barroso parece não ter que se preocupar. Num estudo de mercado recente a Adega Cooperativa do Cartaxo é identificada como uma das empresas de maior notoriedade da Região Tejo. "Ficámos extremamente satisfeitos. Isto é fruto daquilo que temos feito ao longo dos últimos 20 anos". Apesar de toda a conotação negativa que o termo cooperativa possa ter, a maior parte das pessoas já vê a Adega do Cartaxo como um parceiro de negócio, a par de qualquer outra empresa".