Notícia
O salto do Willy
João Seabra foi distinguido pela União Europeia com o prémio "Young European Creative Talent". Desde os 23 anos que dava aulas na Universidade Católica.
27 de Outubro de 2011 às 20:59
João Seabra sempre foi um apaixonado por animação a três dimensões (3D). Antes de lançar a Jump Willy, dava aulas na Universidade Católica, no primeiro mestrado de animação 3D que surgiu em Portugal. Aos 23 anos, era professor, mas a sua ambição secreta era lançar uma empresa.
A decisão surgiu em conversa com o compositor musical Pedro Marques. "Encontrámo-nos uma vez no aeroporto de Frankfurt. Ele ia receber um prémio em Berlim e eu ia fazer um curso em Toronto. Começámos a falar e vimos que, como as áreas eram complementares, devíamos tentar criar uma empresa nossa." Nos últimos anos, já tinham partilhado algumas ideias e João Seabra sabia que tinham os mesmos valores. Pedro Marques tanto insistiu que João Seabra acabou por ceder. Em Setembro de 2008, fizeram o registo da empresa, mas decidiram manter os empregos durante um ano, morar na mesma casa e todo o trabalho que desse lucro serviria para reinvestir no projecto.
"No final desse ano, fomos buscar um jovem da Accenture para a área da internacionalização e fazer um pouco a parte da gestão, e um duo de animadoras que tinham sido minhas alunas". Em Setembro de 2009, despediram-se e entraram num projecto de incubação da Católica, onde poderiam estar mais próximos da área. "Para sermos bastante competitivos, temos que manter esta proximidade à investigação."
A equipa cresceu para nove pessoas, tem um conjunto fixo de compositores estrangeiros (Los Angeles, Estocolmo, Barcelona, Rio de Janeiro e Lyon) e foram lançadas duas marcas: a "Uou", que faz a fusão dos conhecimentos de gestores, "marketeers" e "designers" para desenvolvimento de soluções de comunicação empresarial através do "design" gráfico e da comunicação visual e a "We came from Mars", que trata de jogos para telemóveis. A empresa está representada na Suécia e em França e abriu um escritório em Inglaterra, a convite da Embaixada Britânica em Portugal e com o apoio de um programa de importação de empresas internacionais, no qual têm alguns benefícios fiscais.
No início de 2011, Pedro Marques levou toda a parte musical para Los Angeles e a empresa já exporta 70% da sua produção, sobretudo para a Europa e Estados Unidos da América. Em 2009, conseguiu atingir um volume de negócios de 120 mil euros e, em 2010, cresceu 45% para 175 mil euros. João Seabra foi distinguido pela União Europeia com o prémio "Young European Creative Talent", que lhe deu a oportunidade de participar numa reunião do Parlamento Europeu sobre como é utilizada a criatividade na Europa. "Qualquer criativo, em si, é um valor acrescentado, mas em Portugal é uma das áreas que menos produz empreendedores." Para o jovem, em todas as grandes crises, a recuperação tem passado pela criatividade. "É preciso trabalhar de maneira diferente, as empresas devem repensar os seus serviços e produtos." E enumera outro aspecto: a formação de empreendedores. O sucesso de uma empresa não está na margem de lucro que obtém, mas na felicidade dos seus colaboradores, diz. "Participar e criar redes de conhecimento também é importante, porque nenhum grande projecto foi fruto de uma pessoa só."
A decisão surgiu em conversa com o compositor musical Pedro Marques. "Encontrámo-nos uma vez no aeroporto de Frankfurt. Ele ia receber um prémio em Berlim e eu ia fazer um curso em Toronto. Começámos a falar e vimos que, como as áreas eram complementares, devíamos tentar criar uma empresa nossa." Nos últimos anos, já tinham partilhado algumas ideias e João Seabra sabia que tinham os mesmos valores. Pedro Marques tanto insistiu que João Seabra acabou por ceder. Em Setembro de 2008, fizeram o registo da empresa, mas decidiram manter os empregos durante um ano, morar na mesma casa e todo o trabalho que desse lucro serviria para reinvestir no projecto.
A equipa cresceu para nove pessoas, tem um conjunto fixo de compositores estrangeiros (Los Angeles, Estocolmo, Barcelona, Rio de Janeiro e Lyon) e foram lançadas duas marcas: a "Uou", que faz a fusão dos conhecimentos de gestores, "marketeers" e "designers" para desenvolvimento de soluções de comunicação empresarial através do "design" gráfico e da comunicação visual e a "We came from Mars", que trata de jogos para telemóveis. A empresa está representada na Suécia e em França e abriu um escritório em Inglaterra, a convite da Embaixada Britânica em Portugal e com o apoio de um programa de importação de empresas internacionais, no qual têm alguns benefícios fiscais.
No início de 2011, Pedro Marques levou toda a parte musical para Los Angeles e a empresa já exporta 70% da sua produção, sobretudo para a Europa e Estados Unidos da América. Em 2009, conseguiu atingir um volume de negócios de 120 mil euros e, em 2010, cresceu 45% para 175 mil euros. João Seabra foi distinguido pela União Europeia com o prémio "Young European Creative Talent", que lhe deu a oportunidade de participar numa reunião do Parlamento Europeu sobre como é utilizada a criatividade na Europa. "Qualquer criativo, em si, é um valor acrescentado, mas em Portugal é uma das áreas que menos produz empreendedores." Para o jovem, em todas as grandes crises, a recuperação tem passado pela criatividade. "É preciso trabalhar de maneira diferente, as empresas devem repensar os seus serviços e produtos." E enumera outro aspecto: a formação de empreendedores. O sucesso de uma empresa não está na margem de lucro que obtém, mas na felicidade dos seus colaboradores, diz. "Participar e criar redes de conhecimento também é importante, porque nenhum grande projecto foi fruto de uma pessoa só."