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O casino de Lisboa deu luz ao negócio

Uma empresa alentejana, a Arquiled, colocou Portugal no mapa dos produtos com tecnologia LED, que diz ser a luz do futuro, e quer este ano duplicar a facturação, para seis milhões de euros, com a aposta nas exportações. O LED é um componente electrónico...

O casino de Lisboa deu luz ao negócio
21 de Janeiro de 2010 às 15:20
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A empresa nasceu em 2005 e cresceu na área da iluminação arquitectural, aplicando a tecnologia LED. A aposta, agora passa por exportar 70% da produção


Uma empresa alentejana, a Arquiled, colocou Portugal no mapa dos produtos com tecnologia LED, que diz ser a luz do futuro, e quer este ano duplicar a facturação, para seis milhões de euros, com a aposta nas exportações. O LED é um componente electrónico semicondutor que emite luz quando ligado à corrente eléctrica. (ver caixa)

Com projectos já realizados em Espanha, França e Alemanha, esta Pequena e Média Empresa (PME) quer "dar continuidade" ao trabalho na Europa e "abraçar os mercados dos Balcãs, do Brasil e da África do Sul, através de parcerias estratégicas", segundo Rafael Santos, administrador da empresa.

"Este é o ano da internacionalização", afirma a Rafael Santos, que gere a empresa, criada em 2006 e "herdeira" da antiga LEID, que já existia em Mora, concelho do distrito de Évora, a qual produzia equipamento de controlo cénico.

A facturação, em 2007, foi de 849 mil euros e, no ano passado, superou os três milhões de euros, tendo o número de trabalhadores passado de cinco para 19. O objectivo de Rafael Santos, este ano, é atingir cerca de 40 funcionários e duplicar a facturação.

Já a pensar num maior volume de negócios e de encomendas, a empresa está a triplicar a área da fábrica para 750 metros quadrados, salvaguardando ainda a possibilidade de expansão para os mil metros quadrados.

"Temos necessidade de expandir as instalações para que, quando formos solicitados a fornecer equipamento, tenhamos capacidade de produção", explica o administrador.

A Arquiled cria, desenvolve e produz iluminação para arquitectura, espaços públicos e automóveis recorrendo à tecnologia "Light Emitting Diode" (LED), assim como a respectiva electrónica de controlo.

Rafael Santos não hesita em garantir que, apesar do LED ter "40 anos de utilização", é a "fonte de luz do futuro", substituta das lâmpadas "incandescentes ou fluorescentes compactas".

O responsável admitiu que é uma tecnologia "nova e ainda cara", defendendo que o Governo devia incentivar o uso deste tipo de equipamentos.

"No comércio e serviços, que tem uma utilização diária intensiva, o LED tem um investimento com retorno em menos de um ano" e permite "poupar cerca de 80% de energia", apontou.
O LED tem aplicações no comércio, serviços, espaços públicos, habitações e indústria. Foi aliás a concepção e instalação do Casino de Lisboa, propriedade da Estoril-Sol, que fez nascer a Arquiled.

"Tínhamos uma janela de oportunidade" para "agarrar um mercado emergente", disse Rafael Santos. A fábrica concebeu depois módulos para obras em centros comerciais, hotéis e lojas.
Hoje, a empresa possui 480 clientes, nacionais e internacionais, e é líder em Portugal neste tipo de tecnologia.

De "olhos postos" no estrangeiro, esta PME quer agora exportar "70%" da produção e vai mostrar-se ao mercado mundial em Abril, numa feira em Frankfurt, Alemanha. "Em termos europeus, diria que estamos no 'top 10' e, a nível mundial, no 'top 50', com toda a certeza", garante o administrador da Arquiled.



PERFIL



A Arquiled foi criada em 2005.
O pontapé de saída foi o desenvolvimento de soluções técnicas para o Casino de Lisboa.
"A actividade centra-se na área de iluminação arquitectural, com especial incidência na aplicação da tecnologia LED, com todas as potencialidades de evolução e inovação que a caracterizam", afirma a empresa no seu site. A par da Arquiled, a empresa criou a Engiled - Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, composta por engenheiros nacionais, que tem por missão desenvolver novas tecnologias. Tem ainda uma parceria com a Lisboa Nova, concretizada através do Projecto Semáforo, destinada a racionalizar o consumo de energia em algumas artérias da cidade.



As lâmpadas de terceira geração



O LED é classificado como a terceira fase de evolução das lâmpadas eléctricas. LED são as iniciais da expressão inglesa "Light Emitting Diode" e designam um componente electrónico semicondutor que emite luz quando sujeito a corrente eléctrica. Utilizando este princípio, a luz gerada resulta de um efeito electrónico no semicondutor. Ao contrário, das lâmpadas incandescentes ou de halogénio, onde a luz é conseguida através do aquecimento de filamentos, ou das lâmpadas fluorescentes, onde a iluminação se obtém a partir de uma descarga de gás. A tecnologia LED, além da iluminação propriamente dita, é utilizada em indicadores em calculadoras, aparelhos de medida, televisores e indicadores numéricos de aparelhos de rádios.


*Agência Lusa


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