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De mãos dadas com a mente

Pedro Almeida quis saber se a BioServiços era uma ideia com potencial para as entidades empresariais. Depois do "Ousar", já não restam dúvidas.

16 de Setembro de 2010 às 15:54
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Na BioServiços, o "market research" junta-se às neurociências cognitivas para servir dois mercados distintos: estudos de mercado e intervenção clínicas.

"No primeiro caso, trata-se do que designamos por 'market research' multi-modal, em que se utilizam recursos tecnológicos relacionados com a activação fisiológica ou comportamentais para proceder à pré-testagem de conceitos a utilizar em campanhas de marketing ou de comunicação", explica Pedro Almeida, 28 anos, doutorado em Psicologia, na área das neurociências cognitivas.

Na sua componente clínica, já utiliza diversos indicadores do electroencefalograma como meio auxiliar de diagnóstico, no domínio da saúde mental e da intervenção em patologias, através de técnicas de Neurofeedback (processo de estimulação das capacidades naturais de desenvolvimento e regeneração do cérebro). "A intervenção com Neurofeedback é uma das áreas que carece de oferta de serviços em Portugal, apesar dos vários estudos que têm vindo a suportar a eficácia deste tipo de técnicas em algumas patologias", comenta Pedro.

A ideia surgiu de uma forma "natural", dada a formação dos membros da equipa Bruno Ribeiro tinha sido colega de Pedro na licenciatura em Psicologia, área de Psicologia Social da Economia e da Política. Pedro Chaves era bolseiro no laboratório de Neuropsicofisiologia da Universidade do Porto, onde Pedro é investigador e docente.

A BioServiços aborda dois campos distintos de aplicação dos mesmos recursos tecnológicos: estudos de mercado e intervenções clínicas. Projecto BioServiços Área de actividade Bio-tecnologia
O quarto promotor já era amigo, mas tem uma formação distinta, em informática. "Esta ideia foi adquirindo maturidade à medida que eu e o Bruno Ribeiro íamos ganhando conhecimento e experiência na área de estudos de mercado e no campo de investigação em neurociências cognitivas" explica.

O Desafio Ousar surgiu pela internet. Queriam estruturar a ideia e aproveitaram a candidatura para desenvolverem um plano de negócio. "Tínhamos alguma curiosidade em perceber se esta era uma ideia que poderia ter algum potencial aos olhos das entidades empresariais e o concurso poderia dar-nos esse feedback." E teve.

O BioServiços foi um dos projectos mais pontuados. "Trata-se de uma ideia que, não sendo inteiramente nova, aborda dois campos distintos de aplicação dos mesmos recursos tecnológicos, para preencher áreas de mercado que estão claramente deficitárias", diz.

A ideia avançaria de qualquer modo, mas a participação no concurso forçou a equipa a clarificar alguns aspectos estruturais da ideia. "A posição em que ficámos deu-nos força motivacional para arrancar e o serviço de consultoria de que vamos beneficiar vai ajudar muito nos primeiros passos da empresa." Pedro só lamenta que o apoio do programa seja dado apenas após a constituição da empresa, visto lidarem com vários aspectos burocráticos aquando da sua formação.
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