As viagens inspiraram os três fundadores do Lisbon Calling.


Nome Lisbon Calling
Camas 28
Quartos Quatro a dez pessoas e duplos com WC partilhado
Preços A partir de 20 euros
Idade dos hóspedes 25 a 45 anos


O gosto por viagens juntou Pedro, Sofia e Rita no projecto que os fez trocar a publicidade e o "design" pela hotelaria e criar o Lisbon Calling, um "hostel" lisboeta que ajuda a animar a rua de São Paulo perto do Cais do Sodré.

"Sempre tivemos o bichinho das viagens e esta acaba por ser uma forma de manter esse espírito", explica Pedro Páscoa. A escolha de um local fora do centro histórico da cidade, onde é habitual este tipo de alojamento fixar-se, é também uma consequência da forma como os três sócios encaram as viagens e um piscar de olho ao público que querem captar.

Quem chega ao Lisbon Calling é, à partida, um viajante que gosta de ir para além do roteiro turístico tradicional e envolver-se com a cidade e com quem lá vive. É o que fazem quando viajam e o que querem oferecer a quem visita Lisboa. O posicionamento resulta numa média de idades dos hóspedes acima do que é habitual para este tipo de estabelecimento e afasta-o da categoria de "party hostel".

Mas não é só a localização do Lisbon Calling, que ocupa um antigo prédio de habitação mantendo muitos dos traços originais, que foge ao óbvio. Acontece o mesmo com a decoração do espaço. Por aqui vai ser difícil encontrar mobiliário do Ikea. Há peças de mobiliário, como os beliches, desenhados e construídos pelos autores do projecto. E há peças usadas na decoração que foram "resgatadas" junto de familiares que já não as queriam. Com estas antiguidades misturam-se instalações e outras manifestações artísticas, contributos de amigos que ajudaram a dar uma identidade ao espaço. "Este não é um 'hostel' comum é a tua casa e vivemos todos juntos" é a frase que apresenta o espaço a quem passa pelo "site" oficial e não difere da mensagem que Pedro tenta passar.

O envolvimento com os hóspedes é uma das principais apostas dos mentores do projecto, que fazem da questão uma prioridade e que, por isso mesmo, não têm planos para aumentar significativamente a capacidade do "hostel" - entretanto convertido numa actividade a tempo inteiro para dois dos três amigos. A ideia é conseguir manter o espírito familiar que os fazia preferir um local a outro quando viajavam, garantem.