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Rio Forte aceita vender ES Saúde à Fidelidade
A Fidelidade elevou a contrapartida da OPA à Espírito Santo Saúde (ES Saúde) para 5,01 euros. A CMVM ordenou que a norte-americana UnitedHealth retirasse a oferta que fez. Esta sexta-feira a Espírito Santo Health Care Investments (ESHCI), controlada pela Rio Forte, aceitou a proposta da Fidelidade.
A Fidelidade já garantiu 51% da Espírito Santo Saúde (ES Saúde), uma vez que a ESHCI, detida pela Rio Forte, aceitou a oferta, depois de ontem a empresa ter elevado para 5,01 euros a contrapartida da oferta pública de aquisição (OPA).
"A Rio Forte Investments S.A. e a Espírito Santo Health Care Investments S.A. (ESHCI) informam que aceitaram vender à empresa Fidelidade – Companhia de Seguros S.A. (Fidelidade) a participação da ESHCI de 51% na Espírito Santo Saúde S.G.P.S. S.A (ESS) no quadro da revisão das condições da oferta pública de aquisição ontem apresentada pela Fidelidade e aprovada pela CMVM", pode ler-se no comunicado que foi enviado para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A empresa explica que optou por vender a posição detida na ES Saúde devido à contrapartida de 5,01 euros, o que corresponde a um prémio de 56,56% face ao valor a que as acções foram vendidas na oferta pública inicial, que decorreu Fevereiro.
Além disso, a marcar a decisão esteve também o facto de a CMVM ter ordenado os americanos a retirarem a oferta, depois da UnitedHealth ter apresentado uma oferta directamente à Rio Forte.
O regulador diz que a empresa norte-americana lançou uma oferta à ES Saúde que, não sendo no mercado, "envolve, ainda assim, a divulgação pública de uma intenção de contratar o mesmo número de acções que são objecto daquela". O que não aconteceu.
Ontem, a Fidelidade decidiu elevar a contrapartida oferecida pelas acções da ES Saúde para 5,01 euros, precisamente em resposta aos americanos, que ofereceram à Rio Forte 5,00 euros.
Também ontem o regulador do mercado decidiu alargar o prazo da OPA da Fidelidade que deveria terminar esta sexta-feira, 10 de Outubro, mas será prolongada até 14 de Outubro. A decisão surge precisamente porque a UnitedHealth trouxe "dúvidas" ao mercado.
(Notícia actualizada às 8h42 com mais informação)