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RTP: “Reestruturar o audiovisual público não é encerrá-lo”

O Conselho de Administração da RTP lamenta a decisão de encerrar a ERT e considera que “hoje é um dia triste e de luto para o serviço público audiovisual”.

12 de Junho de 2013 às 12:57
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“Todo o audiovisual público europeu foi ontem [terça-feira] surpreendido de forma abrupta e inesperada, pela decisão do Governo grego de encerrar a ERT”, lê-se num comunicado do Conselho de Administração da RTP emitido no final da manhã desta quarta-feira. Nele, a administração liderada por Alberto da Ponte “solidariza-se com a ERT e com todos aqueles que há mais de 50 anos na Grécia, vêm prestando o serviço público de audiovisual”.

 

“Hoje é um dia triste e de luto para o serviço público de audiovisual”, diz o Conselho de Administração, recordando que “o serviço público é um elemento determinante do pluralismo e da democracia europeia tal como a conhecemos”.

 

A administração da estação pública portuguesa “considera que reestruturar o audiovisual público não é encerrá-lo” e, “nesse sentido, reafirma a sua determinação de prosseguir a reestruturação em curso na empresa mas com o objectivo de tornar o serviço público de televisão e rádio naus fortes e a RTP uma empresa de referência e de prestígio no seio das suas congéneres europeias.

 

O Governo grego anunciou esta terça-feira a decisão de encerrar a estação pública de rádio e televisão. O sinal foi desligado antes da meia-noite de ontem mas centenas de trabalhadores permanecem nas instalações da ERT, estando a conseguir emitir alguns programas através da Internet e de frequências digitais.

 

A agência de notícias ANA avança, segundo a Lusa, que o Governo grego tenciona recorrer à polícia para evacuar o edifício da emissora pública ERT. "O Governo anunciou que vai enviar a polícia para evacuar o edifício", disse Dimitra Letsa, da agência ANA/MPA, que em declarações à Lusa, por telefone, explicou que, para o Governo de Atenas o edifício pertence agora ao Ministério das Finanças, pelo que qualquer pessoa que se mantenha no interior estará a invadir o edifício e será levada à justiça.

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