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RTP quer alienar oito edifícios
O presidente do conselho de administração da RTP defendeu que os arquivos históricos devem ficar na alçada da RTP, tendo já transmitido essa intenção ao accionista Estado. A alienação de oito edifícios para ajudar a equilibrar as contas também faz parte dos planos da nova equipa de gestão.
A RTP continua com o "problema crónico de capitais próprios insuficientes". E, para tentar equilibrar as contas vai alienar oito edifícios do grupo, que já não estão a ser utilizados e tinham custos de manutenção, disse Gonçalo Reis, presidente da RTP, no final da audição no Parlamento.
Desta lista, já foram alienados dois, um dos quais em Faro, o que permitiu um encaixe de 350 mil euros, adiantou o gestor, sem avançar com o objectivo total de encaixe financeiro com esta estratégia.
Durante a audição que decorreu esta quarta-feira, 17 de Junho, Cristina Vaz Tomé, administradora responsável pelo pelouro financeiro, adiantou ainda que a estação pública vai alienar também as instalações na ilha Terceira e na Horta, nos Açores.
Estas instalações "requerem investimento elevado", por isso, "já estamos a avançar com um plano de investimento que passa pela mudança de instalações" para depois "apostar em tecnologia", nomeadamente através de estúdios virtuais, detalhou.
As instalações nos Açores não entram para as contas da alienação dos oito imóveis apresentadas por Gonçalo Reis.
A Madeira também não vai ficar fora do radar do plano de investimentos da RTP: "Em breve também teremos um plano de investimento para a Madeira a nível de tecnologia e engenharia", acrescentou.
Quanto aos arquivos históricos, durante a audição, Gonçalo Reis defendeu que devem ficar na RTP. Uma intenção que já foi "transmitida ao accionista Estado".
Além disso, uma das propostas da RTP para levar a cabo este plano passa pela reconversão dos empréstimos de 150 milhões de euros em capital social, "o que permitira resolver o problema crónico de insuficiência de capitais próprios".
O Conselho de Administração da RTP está a ser ouvido esta quarta-feira, 17 de Junho, no Parlamento no âmbito da discussão do relatório e contas de 2014 e plano de actividades e orçamento de 2015 da estação pública.