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RTP defende taxa audiovisual na factura da luz
Para Gonçalo Reis, o modelo da cobrança da contribuição audiovisual através das eléctricas “funciona muito bem”. E aponta que os valores cobrados em Portugal são muito inferiores aos da média europeia.
O presidente do conselho de administração da RTP considera que o actual modelo da cobrança da contribuição audiovisual (CAV) através da factura da luz é o que faz mais sentido. "Do ponto de vista técnico, é o melhor. E é a boa prática a nível europeu", sustentou Gonçalo Reis durante a Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, que está a decorrer esta terça-feira, 26 de Janeiro, no Parlamento.
As declarações do gestor surgem no seguimento da intenção anunciada pelo Governo liderado por António Costa de passar esta taxa da factura da EDP para a de telecomunicações, sem nunca ter explicado como esta alteração se iria concretizar na prática.
Gonçalo Reis reiterou que a adopção do modelo da cobrança da CAV não é do pelouro da estação pública. "Temos que trabalhar com o modelo que for definido", explicou. Porém, relembrou que "cada vez há mais países a migrarem para este modelo", como Itália, exemplificou.
No que toca às críticas relativas ao peso e valores cobrados desta taxa, o presidente do conselho da administração da RTP revelou alguns números com o objectivo de demonstrar que os montantes cobrados em Portugal não são elevados. Por ano, os portugueses pagam 32 euros enquanto a média europeia se situa em 130 euros, apontou.
Actualmente, a CAV representa 80% do total do financiamento da RTP. Um modelo que o gestor considera "equilibrado e limpo, em que não há intervenção directa do orçamento do Estado".
A comissão de administração da RTP, constituída também por Cristina Vaz Tomé e Nuno Artur Silva, está a ser ouvida no parlamento no âmbito da discussão do plano de actividades e orçamento para 2016 apresentado recentemente.