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Redução de salários na Rádio Renascença visa "preservar o emprego"
A proposta da administração da Renascença de redução de uma hora de trabalho por dia com o correspondente corte salarial aos trabalhadores que ganham mais de 1.400 euros brutos visa "preservar o emprego", disse à Lusa um dos administradores.
O Conselho de Gerência da Rádio Renascença propôs aos trabalhadores que ganham mais de 1.400 euros brutos a redução de uma hora de trabalho por dia com o correspondente corte salarial, a partir de 2014.
O comunicado enviado aos trabalhadores, e a que a Lusa teve acesso, refere que os trabalhadores com rendimento bruto médio mensal abaixo ou igual a 1.400 euros não serão abrangidos pela medida.
"O objectivo da decisão é preservar o emprego das pessoas", disse o administrador do grupo José Luís Ramos Pinheiro, que adiantou que a administração tem "confiança nos projectos e nos trabalhadores".
Esta "é uma medida transversal", ou seja, atinge a administração, a gerência, directores e quadros, acrescentou.
Considerou que esta foi a "medida mais justa" encontrada, já que "protege os salários mais baixos".
O grupo Renascença conta com cerca de 230 trabalhadores.
José Luís Ramos Pinheiro apontou como causa a crise que os meios de comunicação social atravessam, nomeadamente com a enorme queda das receitas publicitárias.
O Conselho de Gerência oferece um prémio de valor correspondente a cerca de metade do total de redução anual em 2014, a todos os trabalhadores com salários superiores a 1.400 euros por mês, com excepção de gerentes e administradores.
Os trabalhadores que não queiram aderir a este processo, terão de informar a empresa por escrito até 31 de Outubro de 2013.