Notícia
Redacção da Lusa diz que nova subdirectora não tem experiência para o cargo
O Conselho de Redacção da Lusa considera que a nova subdirectora de informação não tem experiência para o cargo. E refere que se as suas funções não vão ser editoriais, a nomeação “colide com o estatuto de jornalista”.
Durante dois dias a nomeação de Mafalda de Avelar para subdirectora de informação da agência Lusa esteve em debate no Parlamento. O tema suscitou a atenção dos deputados depois de Nuno Simas, director-adjunto ter apresentado demissão do cargo, e do conselho de redacção ter dado um parecer unanime contra a nomeação da jornalista.
No seguimento destas decisões, o grupo parlamentar do PSD apresentou um requerimento para chamar os intervenientes ao Parlamento para explicar a situação, à Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.
Na quarta-feira foi a vez do Conselho de Redacção da Lusa ir ao parlamento esclarecer o parecer, que foi "unânime e consensual", contra a nomeação. Fernando Peixeiro , que falava e em representação do conselho de redacção, explicou que depois de terem analisado o currículo de Mafalda de Avelar concluíram que "não tinha competência nem experiência de trabalhar em redacção. Pelo CV, sempre trabalhou mais como freeelance, mais ligada a blogues e livros". Além isso, "não tem nenhuma experiência de agência e de chefiar pessoas". Uma opinião semelhante à de Nuno Simas, que no dia anterior tinha admitido no Parlamento que este tinha sido o motivo da sua demissão.
Desde que o conselho de redacção emitiu o parecer, "até hoje, não me lembro de nenhum jornalista da Lusa se ter mostrado contra esta decisão ou a favor da entrada da jornalista na Lusa".
Outro dos pontos que levou ao voto contra a nomeação, apesar de não ser vinculativo, foi o facto da proposta incluir a entrada de Mafalda de Avelar para o Grupo J da classe de jornalistas, "um grupo que é topo de carreira", explicou. Eu trabalho há 30 anos e estou no H. Ela tem 10 anos de profissão".
Fernando Peixeiro confessou ainda que a primeira vez que o Conselho de Redacção foi confrontado com esta contratação, "dissemos que seria mais sensato que fosse trabalhar com os comerciais". "Se não vai ter responsabilidade editorial, se não vai estar ligada à redacção e estará mais ligada ao marketing, isto colide com o estatuto de jornalista. Por isso, terá que entregar a carteira [de jornalista]. Fazia mais sentido ter sido contratada para o cargo de assessora".
O jornalista referia-se às declarações proferidas por Pedro Camacho, director de informação da Lusa e responsável pela nomeação da nova subdirectora, no dia anterior . Pedro Camacho refutou as críticas relativas ao perfil da nova subdirectora não se enquadrar nos desafios da agência, sublinhando que tem experiência em várias áreas e "vai ter de trabalhar com outras áreas", como para negociar parcerias com agências internacionais, tratar de fontes de financiamento externo e desenvolver serviços na área tecnológica.
Já a presidente do conselho de administração da Lusa, Teresa Marques, comentou que esta decisão foi tomada pelo director de informação. Mas que da proposta que lhe foi apresentada ficou com a ideia que Mafalda de Avelar "não se dedicaria exclusivamente a conteúdos não editoriais".
Mafalda de Avelar é jornalista há 16 anos, tendo passado pela Gazeta Mercantil, pela Folha de São Paulo e pelo Diário Económico. Era até há pouco tempo colaboradora no Correio da Manhã. É licenciada em Economia pela Universidade Nova de Lisboa e tem um mestrado em Relações Internacionais na Universidade John Hopkins.
No seguimento destas decisões, o grupo parlamentar do PSD apresentou um requerimento para chamar os intervenientes ao Parlamento para explicar a situação, à Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.
Desde que o conselho de redacção emitiu o parecer, "até hoje, não me lembro de nenhum jornalista da Lusa se ter mostrado contra esta decisão ou a favor da entrada da jornalista na Lusa".
Outro dos pontos que levou ao voto contra a nomeação, apesar de não ser vinculativo, foi o facto da proposta incluir a entrada de Mafalda de Avelar para o Grupo J da classe de jornalistas, "um grupo que é topo de carreira", explicou. Eu trabalho há 30 anos e estou no H. Ela tem 10 anos de profissão".
Fernando Peixeiro confessou ainda que a primeira vez que o Conselho de Redacção foi confrontado com esta contratação, "dissemos que seria mais sensato que fosse trabalhar com os comerciais". "Se não vai ter responsabilidade editorial, se não vai estar ligada à redacção e estará mais ligada ao marketing, isto colide com o estatuto de jornalista. Por isso, terá que entregar a carteira [de jornalista]. Fazia mais sentido ter sido contratada para o cargo de assessora".
O jornalista referia-se às declarações proferidas por Pedro Camacho, director de informação da Lusa e responsável pela nomeação da nova subdirectora, no dia anterior . Pedro Camacho refutou as críticas relativas ao perfil da nova subdirectora não se enquadrar nos desafios da agência, sublinhando que tem experiência em várias áreas e "vai ter de trabalhar com outras áreas", como para negociar parcerias com agências internacionais, tratar de fontes de financiamento externo e desenvolver serviços na área tecnológica.
Já a presidente do conselho de administração da Lusa, Teresa Marques, comentou que esta decisão foi tomada pelo director de informação. Mas que da proposta que lhe foi apresentada ficou com a ideia que Mafalda de Avelar "não se dedicaria exclusivamente a conteúdos não editoriais".
Mafalda de Avelar é jornalista há 16 anos, tendo passado pela Gazeta Mercantil, pela Folha de São Paulo e pelo Diário Económico. Era até há pouco tempo colaboradora no Correio da Manhã. É licenciada em Economia pela Universidade Nova de Lisboa e tem um mestrado em Relações Internacionais na Universidade John Hopkins.