Em causa estava um artigo de opinião em que Nicolau Santos se referiu à Ongoing como “gente perigosa”. A Ongoing queixava-se de ver o seu nome ofendido, nomeadamente quanto à suspeita de prática de tráfico de influências. “Fiquei contente [com a decisão]. O que eu escrevi reflectia a verdade dos factos. Ficou comprovado pelo tribunal que as vendas do Diário Económico não eram as que eram apresentadas”, afirmou Nicolau Santos, em declarações ao Negócios.

O mesmo artigo de opinião tinha motivado uma outra queixa, contra o jornalista Nicolau Santos e contra o grupo Impresa, de 70 milhões de euros, que também foi já arquivado. “O meu artigo era o oitavo de um conjunto de artigos que o Expresso havia publicado. A juíza concluiu que não era ofensivo para ninguém”, observa o jornalista. O texto em causa, publicado em 2011, afirmava que o "Diário Económico" aldrabou as vendas, depois de uma auditoria ter concluído que as vendas reais do jornal em 2009 não reflectiam os números fornecidos à Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação pelos responsáveis do título da Ongoing.

A Ongoing, recorde-se, é a segunda maior accionista do grupo Impresa, tendo entrado em rota de colisão com Pinto Balsemão, accionista controlador. Vários processos foram movidos pela Ongoing contra Balsemão e contra a Impresa, mas até à data foram todos perdidos.