Desde as 00:00 de quinta-feira, 14 de Janeiro, que a CMTV passou a estar disponível em mais de 80% dos lares com televisão paga com a entrada na plataforma da Nos.

Os dados das audiências só serão conhecidos amanhã, sexta-feira, a partir das 9 horas. Mas Octávio Ribeiro, director do canal de televisão da Cofina, grupo que também detém o Negócios, a Sábado e o Record, está confiante que o objectivo estabelecido de ser líder no segmento de informação televisiva até ao final do ano será cumprido.

Até porque, "o ritmo de crescimento na Nos vai ser no máximo o dobro que tivemos na Meo", plataforma da PT Portugal que tinha exclusividade do canal até agora. "Não podemos aspirar um crescimento na Nos imediato. No Meo, para começarmos a crescer de forma consolidada, demorámos seis meses. Aqui [Nos], conto que demoremos dois a três meses", detalhou.

Questionado sobre as expectativas do aumento das audiências da CMTV agora que está disponível em duas plataformas, Octávio Ribeiro refere: "Nós não temos expectativas, estabelecemos objectivos. E o nosso objectivo é liderar até ao final do ano".

No que toca à expansão do canal para a Vodafone, o director do Correio da Manhã sublinha que este objectivo não depende do canal. "É um jogo estratégico de dois grandes, a Meo e a Nos, connosco a querer chegar ao máximo de pessoas possível. Se podermos estar na casa de todos os portugueses, não quereremos menos que isso", acrescenta.

A entrada do canal na Nos não vai levar a alterações na grelha. Pelo menos imediatas. "A grande riqueza da nossa grelha é a sua imprevisibilidade. Nós estamos em directo durante um mínimo de 18 horas de segunda a sexta e ao fim-de-semana reduzimos um bocado essa intensidade, mas nunca baixamos das 14 horas de directo".

Apesar de sublinhar que a o "grande segredo" da grelha da CMTV é "a capacidade de ser desconstruída", Octávio Ribeiro adianta que poderá haver algumas novidades ao longo do ano de 2016. Mas "os acontecimentos é que a ditam a nossa grelha", frisou.