Notícia
Novo presidente da ERC vai estudar dossiê “complexo” da Media Capital
Sebastião Póvoas, novo presidente do regulador, prefere não se pronunciar sobre a compra da Media Capital até estar por dentro do processo. Mas garante que quando houver informação relevante comunicará.
O novo presidente do Conselho Regulador da Entidade para a Comunicação Social (ERC), Sebastião Póvoas, considera que não deve pronunciar-se sobre qualquer dossiê sem falar com os restantes membros do conselho, bem como sem conhecer profundamente os processos.
"Acabei de ser empossado. Da minha parte, seria estulto assumir neste momento uma declaração programática antes de consultar os meus pares no conselho regulador. Mas fica prometido que assim que tivermos notícias, ou uma declaração programática, sendo relevante para efeitos de informação, eu e os meus colegas estaremos à vossa inteira, integral e incondicional disposição", disse o juiz conselheiro aos jornalistas, depois da tomada de posse do novo conselho da ERC esta quinta-feira, 14 de Dezembro.
Sebastião Póvoas foi questionado por diversas vezes sobre a sua posição em relação ao regresso do dossiê da compra da Media Capital pela Meo ao crivo da ERC, como o presidente executivo da Impresa e alguns partidos defenderam. Porém, o novo presidente da ERC preferiu não comentar, para já, o tema.
"Eu não conheço o dossiê. Tomei agora posse e penso que são dossiês complexos. Venho de uma área em que só nos pronunciamos depois de ler, consultar e ouvir. É isso que tenciono fazer", referiu, não se comprometendo com datas.
Sebastião Póvoas adiantou apenas que o novo conselho regulador da ERC já tem uma reunião agendada. Mas é "para distribuir pelouros entre os membros e fazer uma avaliação da parte de gestão". Só "uma segunda fase, então passará à análise dos dossiês mais sensíveis. Vamos procurar estar sintonizados em termos de conhecimento exaustivo todo os processos que se encontrem pendentes", detalhou.
Além de Sebastião Póvoas, o novo conselho do regulador dos media, cujo mandato é por cinco anos, é constituído por Mário Mesquita (ex-jornalista) e João Pedro Figueiredo (jurista) - indicados pelo PS -, e por Fátima Resende Lima (que já exerce funções na ERC) e Francisco Azevedo e Silva (antigo membro de direcções do Diário de Notícias) - apontados pelo PSD.