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Nos Alive: onde a publicidade não se desliga
O Nos Alive abre portas esta quinta-feira, 6 de Julho. Estar no recinto do festival é também encontrar as acções das marcas. A vertente tecnológica é uma das prioridades.
O mercado está mais competitivo e o sector das telecomunicações já percebeu o potencial dos festivais de música para chegar ao seu público. No Nos Alive, que arranca esta quinta-feira, 6 de Julho, o nome do evento dissipa logo dúvidas.
"Os portugueses, em termos de entretenimento, gostam de duas coisas massivamente: o futebol e a música", diz Rita Torres Baptista, directora de marca e comunicação da Nos, para justificar a associação de 11 anos iniciada pela Optimus.
"Era mais fácil se os nossos concorrentes não estivessem na música. Mas estão. Isso obriga-nos a ser muito identitários, a encontrar narrativas muito nossas", admite.
Esta narrativa, em formato de activações de marca, multiplica-se pelo recinto: nos nomes de três palcos e nas zonas dedicadas aos convidados e clientes da Nos. Depois, a operadora vai contar com uma espécie de "elevador" de onde se pode tirar fotografias com vista para o palco principal, pontos de carregamento de telemóveis e uma loja onde se pode alugar "powerbanks".
A ideia é de que nunca falte a ligação, que não seja interrompida. Tanto que, para responder a novos hábitos, a capacidade do tráfego de dados vai ser duplicada, face a 2016, para três terabytes. Tudo isto traz mais negócio e fidelização? "Espero que sim. Se me perguntar o modelo matemático da correlação entre uma coisa e outra, não sei ainda, infelizmente", reage a responsável.
Rita Torres Baptista não entra em valores mas admite um reforço no investimento. "A necessidade aguça o engenho. Os mercados competitivos são mercados de necessidade. A maneira como estamos aqui não é influenciada por aquilo que os outros concorrentes fazem nos seus espaços ou abordagens à música. Cada abordagem é desenhada à medida, não temos uma receita", assegura.
A operadora dá nome ao Nos Alive, ao Nos Primavera Sound e ao Nos em D’Bandada. Baptizar outros festivais, substituindo marcas já existentes, "não é prioridade", conta a directora de marca e comunicação, sem fechar, contudo, a porta ao estudo da sua associação a outros eventos de música.