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Covões e Montez concluem primeira separação de rádios
A ERC já deu autorização para que Álvaro Covões passe a controlar, na totalidade, a Luso Canal, dona da rádio Radar. Arranca assim o fecho de um ciclo que se arrastava há cerca de dez anos entre os organizadores do Nos Alive e do Super Bock Super Rock.
A primeira etapa da divisão de rádios entre os promotores de eventos Álvaro Covões e Luís Montez está concluída.
Uma deliberação da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), assinada no final de Junho e divulgada na passada sexta-feira, 14 de Julho, dá luz verde para que o fundador da Everything is New assuma o controlo exclusivo da Luso Canal, dona da estação Radar.
A empresa, com um capital social de 50 mil euros, era até agora dividida em partes iguais entre Álvaro Covões e Luís Montez. Depois de analisar as participações de Álvaro Covões em rádios nacionais, a ERC justifica que "não é ultrapassado o limite definido de 10% do total de licenças de âmbito local".
Em causa está a divisão das rádios Radar, Oxigénio e Marginal, criadas quando os dois promotores eram sócios na Música no Coração. Em 2007, Álvaro Covões saiu para fundar a Everything is New, que organiza o festival de música Nos Alive.
Como escreveu o Negócios, Covões ficaria com a Radar e a Oxigénio e Montez com a Marginal, divisão que foi confirmada aliás pelos dois empresários.
Entraram também na ERC pedidos autónomos de alteração de domínio dos operadores Rádio Comercial da Linha (dona da Oxigénio) e da Marginaudio (dona da Marginal), no primeiro caso a favor de Covões, no segundo de Montez. Os dois processos estão em análise mas não devem obter o chumbo da entidade depois desta primeira decisão.
Em Junho, em entrevista ao Negócios em antevisão à décima primeira edição do Nos Alive, Álvaro Covões confirmava que estava apenas "aguardar" pela decisão da ERC neste processo das rádios.
Em Maio, quando entrou na ERC o processo para a alteração na Luso Canal, a entidade autorizou também Luís Montez a adquirir a empresa dona da Rádio Azul. O organizador do festival Super Bock Super Rock, que está a decorrer em Lisboa, explicava na altura que um dos objectivos passava por "manter a programação local" da rádio de Setúbal.
Outra das metas era expandir a sua presença na margem sul do Tejo através da Rádio Marginal.