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Jornais emagrecem com aumentos no custo de impressão
A britânica Reach Plc, dona de jornais como o Daily Mirror e o Sunday Mirror diminuiu cerca de 6% da paginação este ano devido ao aumento dos custos de impressão. Vários jornais portugueses aumentaram os preços.
No Reino Unido, os custos para imprimir jornais aumentaram drasticamente este ano, devido aos preços da energia. Resultado? Há jornais, como o Daily Mirror e o Daily Express, que se viram obrigados a diminuir o número de páginas.
Um estudo da Reach Plc, um dos maiores grupos de media no Reino Unido, citado pela Bloomberg, indica que o preço do papel duplicou desde o início do ano, com o custo dos jornais a atingir máximos de sempre. Deste modo, os lucros ajustados do Reach Plc registaram uma redução de 32% em termos homólogos.
Os preços da eletricidade têm prejudicado muitas empresas pela Europa, com os custos a subirem 200% desde o início do ano. Com o papel, a situação repete-se, com o fornecimento de madeira prejudicado pelo corte de exportações por parte de países como a Rússia e Ucrânia, devido à guerra.
A Reach Plc, dona de jornais como o Daily Mirror e o Sunday Mirror, diminuiu cerca de 6% da paginação este ano. Em entrevista à Bloomberg, o CEO Jim Mullen, admite que o ambiente atual é desafiante, mas garante que o grupo vai continuar a vender jornais em papel, ao mesmo tempo que reforça o investimento e a presença no ambiente digital.
O mesmo aconteceu em Portugal, tal como a Lusa noticiou em abril, com os jornais nacionais encareceram, em média, 10 cêntimos. Foi o caso do jornal Público, que justificou que "esta atualização surge na sequência do aumento dos custos das matérias-primas e dos custos de produção".
Também o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias e o Correio da Manhã aumentaram em 10 cêntimos os preços. Já no caso da revista Sábado a subida foi de 20 cêntimos e no caso do Inevitável (jornal i) o incremento foi de 50 cêntimos.